Alexandre Parafita

Alexandre Parafita

«O Diabo veste uma capa que com um lado tapa e com o outro destapa»

Este provérbio, usado pelas gentes transmontanas, assenta bem com aquela meia dúzia de autarcas egoístas (e quem os protege) que, no intuito de garantirem parte de leão dos fundos comunitários para os seus territórios (litoral urbano) trataram de afastar quem os podia embaraçar: o Prof. Emílio Gomes (presidente da CCDR-N) que vinha providenciando uma justa distribuição dos fundos pelos 109 municípios do norte. Uma ousadia que lhe valeu ser exonerado pelo Ministro da tutela, que assim mostra bem o lado em que está. E a capa que veste.

Tratando-se de fundos que visam a coesão territorial (ora comprem um dicionário e vejam o que significa a palavra “coesão”…), seria expectável que se destinem a assegurar um desenvolvimento regional equilibrado do norte do país. De contrário, os meios urbanos do litoral engordam... e o interior continua a esvaziar e a empobrecer. E todos bem sabemos que não é esse o espírito que a União Europeia quer implementar ao financiar o programa Portugal 2020.

Comporta-se esta meia dúzia de autarcas e quem os protege como aquele cantor ridículo e decadente que apareceu nos ecrãs a defender a construção de uma muralha que separe Trás-os-Montes do resto do país.


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