Os autarcas da nossa região pobre região rica, reuniram-se recentemente para darem conta à Companhia dos comboios da sua preocupação acerca da pouca-vergonha que se passa com o transporte de passageiros na Linha do Douro, em tempos uma das mais emblemáticas e importantes de Portugal. Não era uma Linha qualquer. Foi uma das mais utilizadas para já não falar no que a envolve e que faz dela uma das mais bonitas vias de circulação no nosso país e no mundo.
Crónicas de ...
Naquele tempo, havia uma terra muito bonita, muito azul e muito verde, estendia por centenas de quilómetros junto ao mar e com muitas e esplendorosas montanhas. Era muitovisitada por estrangeiros porque além do mais era uma calmaria no meio da tormenta que assolava o mundo me ser redor.
Os autarcas do litoral, pelo menos alguns, são uns invejosos. Mal o governo anunciou uns pequenos descontos nas portagens nas autoestradas do interior, umas migalhas, logo eles vieram a terreiro dizer que também querem. Coitados, passe o termo, também se sentem residentes em território menosprezado e até isolado assim ao jeito de quem está por detrás do sol-posto.
O mundo de vez em quando fica louco. Ensandece completamente e não sabe o que faz. Perde o tino. Não digo o mundo bola azul que gira em redor do sol sempre da mesma maneira dando lugar aos anos. Não. O mundo a que aludo é o dos homens nos quais nos incluímos. Vossemecê e eu. Sim.
No momento em que se me desenrola este singelo escrito que aqui vos deixo, ainda não sucedeu o referendo acerca da permanência ou saída do Reino Unido na União Europeia. Está por dias. No entanto, ela a organização, já morreu e ninguém lhe disse nada. Pelo menos é o que me parece. A exiguidade na diferença de resultados pouco ou nada garante. Não há supletivos de vida. Dizem.
Os dois homens mais importantes da União Europeia, ou por aí, engalfinharam-se em público. Enguedelharam que nem uns rapazes, porque um disse uma coisa que o outro achou que ele não devia ter dito apesar de ser verdade. Só faltou arrepelarem-se.
Disse um, Jean-Claude Juncker de seu nome, que a União não aplicou castigos à França, os mesmos que querem aplicar a Portugal, porque quem é grande é grande. O outro Jeroen Dijsselbloem de sua graça, teve como indevido e despropositado o comentário e não se conteve. Destratou-o.
Já passei no túnel do Marão. Primeiro estranha-se, depois entranha-se, e uma pessoa vai por ali adentro até ao outro lado da serra. Fiquei orgulhoso e contente. Aliviado até. Finalmente ir ao Porto é uma escanchinha. Custou mas foi. Dizem que agora a região está menos injustiçada, mas a ver vamos como diz o cego.
Com uns bons anos de atraso por causa de uma mão cheia de contratempos, de desleixos e de outras causas próprias do contexto, no passado dia sete deste invernoso mês de Maio, abriu finalmente ao trânsito automóvel o túnel do Marão. O maior da Península Ibérica, vejam lá.
Naquele país não muito distante, o cravo é muito mais que uma flor. É um símbolo. Foi num dia logo pela manhazinha, andando os saldados nas ruas da capital a semear a democracia e a estacar a liberdade, num repente, viram-se os cravos a florir na ponta das espingardas sempre tão pesadas para quem as não quer usar.
Segundo dizem uns senhores muito entendidos, estudiosos das coisas dos impostos e afins, uma pessoa como eu, e eventualmente como vossa mercê que isto lê, gente de vida remediada, trabalha de Janeiro a Junho só para cumprir com as obrigações fiscais que em jeito de canga lhe colocam no lombo, salvo seja.
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