Nos festejos do primeiro aniversário da vila de Argozelo, o presidente da Junta de Freguesia de Argozelo, José Sena, reconheceu que "valeu a pena a elevação da localidade", e apesar das obras decorrentes "ainda não serem significativas", espera que agora a Câmara Municipal de Vimioso "olhe para nós com outros olhos e nos ajude a desenvolvê-la mais".

E a ajuda já começa a assumir contornos. Nos dois projectos mais imediatos da Junta, que são essencialmente de embelezamento, consistindo no arranjo dos dois largos da vila, a Câmara entra com 25 por cento do financiamento total, a rondar os 80 mil contos. Os restantes 75 por cento serão assegurados pelo programa da Rota da Terra Fria, ao abrigo do qual os projectos foram desenvolvidos.

O melhoramento da iluminação das entradas e de toda a vila em geral será outro detalhe pensado para a urbanização da jovem vila que, apesar do novo estatuto, não viu as verbas disponibilizadas pelo poder central aumentarem significativamente, uma vez que, como lamenta José Sena, os critérios para o cálculo do FEF se baseiam na população e na área da localidade. O que José Sena não concorda: "devia ter outra verba pelo estatuto de vila", defende. Com a verba deste ano, cifrada nos 6500 contos, "é-nos impossível fazer alguma coisa", lamenta.

A habitação social é outro objectivo do presidente da junta eleito nas últimas autárquicas. A sua localização está prevista para uma cortinha onde também se pretende fazer uma sede da junta "digna", a integrar num edifício multiusos pensado para fins culturais.

A construção de um complexo desportivo e um quartel de bombeiros são outra ambição que a junta quer ver cumprida nos próximos quatro anos. Este último deverá funcionar não como uma corporação, mas como uma delegação dos Bombeiros de Vimioso. No que se refere ao primeiro, o autarca esclarece que existe um edifício, começado há mais de 20 anos, mas que "não dá para nada", sendo de dimensões reduzidas.

O posto da GNR carece de obras, assim como o posto médico, uma extensão do centro de saúde de Vimioso. As instalações, diz José Sena, "estão bastante degradadas", mas não há verba para obras. Em termos de população o autarca só já espera que os 1200 residentes "se mantenham", uma realidade que acredita ser favorecida pelo IP 4. "Viver aqui ou em Bragança é praticamente a mesma coisa", diz. Mas em termos de acessibilidades ainda falta a ligação a Coelhoso e a Pinela. No primeiro caso, o problema é a necessidade de uma ponte que, provisoriamente, avança José Sena, será substituída por um pontão a ser começado ainda nesta primavera.



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