O novo centro de desenvolvimento de software da ROFF instalado no Brigantia EcoPark emprega já dez consultores de programação e conta, no período máximo de três anos, triplicar o número de profissionais na capital de distrito, de forma a chegar aos trinta trabalhadores.   

 

Excelentes novidades anunciadas esta terça-feira, dia 20 de março, não só para o concelho de Bragança como, também, para a própria região transmontana. Há mais uma tecnológica em Portugal, tendo a capital de distrito sido a cidade escolhida pela ROFF para instalar o seu terceiro centro de desenvolvimento de software.

Líder na implementação de soluções de software SAP em território nacional, esta empresa do grupo francês Gfi conta já com dez consultores de programação. No entanto, o objetivo definido passa por, no prazo de três anos, triplicar o número de profissionais naquele centro, de forma a chegar aos trinta.

“A necessidade de alargar as competências e sustentar o crescimento do negócio justificam a ampliação para mais um centro SAP Development Factory em Portugal”, elucida o CEO da ROFF, Francisco Febrero, em declarações ao jornal Expresso. O responsável mostra-se confiante que este centro representará ““um importante contributo para o desenvolvimento local”, à semelhança do que acontece, atualmente, na Covilhã, onde a empresa já tem um polo, “apoiando a fixação de jovens nesta região do interior”.

De frisar que os dois agentes impulsionadores desta tomada de decisão que, em boa medida, persuadiram a ROFF no sentido de selecionar a cidade de Bragança foram a proximidade com o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e, fundamentalmente, o apoio manifestado em todas as frentes pela autarquia.

“O facto de termos um equipamento de excelência que nos permite acolher empresas, mais concretamente o Brigantia EcoPark, o Parque de Ciência e Tecnologia, que tem condições absolutamente fantásticas para este e qualquer outro tipo de empresas tem contribuído, decisivamente, para a concretização de novos investimentos”, começou por argumentar o presidente da Câmara Municipal de Bragança, que lidera o esforço do executivo na captação de empresas. “Para além disso, o município tem uma política fiscal suficientemente atrativa para as empresas e, também, com as condições que temos vindo a oferecer com o acompanhamento direto que promovemos e proporcionamos aos investidores e empresários faz com que as empresas vejam em Bragança uma oportunidade e uma capacidade de as poder acolher”, sustentou Hernâni Dias, para quem outros fatores concorrem para a atratividade a que se refere. “Falo da segurança e da qualidade de vida intrínsecas à cidade, do processo de arrendamento de habitações que acaba por ser bem mais barato quando comparado com o dos grandes centros urbanos, da gastronomia, do nosso património cultural e arquitetónico, para além do fator IPB com a capacidade que lhe é inerente de produzir licenciados nas mais variadíssimas áreas e, consequentemente, mão-de-obra qualificada”, enumerou o edil brigantino, que anuncia, em exclusivo ao Diário de Trás-os-Montes “um grande projeto” para o Brigantia EcoPark a ser concretizado até ao final do ano. “Não posso, neste momento, apontar nomes como deve calcular, mas estamos a trabalhar num grande projeto para o Brigantia. Vamos aguardar e verificar se conseguimos aquilo pelo qual estamos a lutar”, assegurou Hernâni Dias, que garante, caso o município seja bem sucedido, “algo extremamente relevante e significativo do ponto de vista financeiro”.

Atualmente, a Covilhã é a sede do SAP Development Factory que tem, também, centros de desenvolvimento e produção de software no Brasil, no México, em Lisboa e, agora, Bragança, em regime de prestação de serviços de nearshoring. O polo de Lisboa, inaugurado em 2007, Covilhã, em 2009, e Bragança prestam serviços de planeamento, construção e implementação de aplicações. Sendo que, o último centro a ser inaugurado, o da capital nordestina, é, neste momento, responsável pelo desenvolvimento remoto de 68 clientes, dos quais cerca de 70 por cento estão fora de Portugal.

 



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