Oficina para pais e filhos “Se eu fosse…”, um almoço de confraternização com animação infantil, atuação do grupo “Cantares de Antanho” e um magusto com “bailarico”, foi assim o aniversário do MAB.

 

Comemoraram-se a 13 de novembro os 100 anos do Museu do Abade de Baçal (MAB) em Bragança. As celebrações começaram cedo para um domingo, pelas 11 horas, com uma oficina para pais e filhos intitulada “Se eu fosse…”. Depois, teve lugar um almoço de convívio com animação infantil, seguindo-se a atuação do grupo “Cantares de Antanho”, que ajudou à digestão ao colocarem os convidados a dançarem no recinto exterior do museu.

“Interpretámos apenas 5 ou 6 temas, atendendo que temos aqui um grupo de pessoas idosas a participar neste evento organizado pelo museu e pela União de Freguesias e eles, certamente, daqui a um bocadinho quererão ir embora pois começa a ficar frio e, agora, vamos lá fora animar mais um pouco”, referindo-se aos vários utentes de instituições de solidariedade social presentes como a Obra Kolping e a Santa Casa da Misericórdia, testemunhou Élia Cordeiro, que lidera com Telmo Maltez, há 16 anos, o grupo “Cantares de Antanho”. Sedeado em Bragança, o grupo que integra a Associação Ambiental e Cultural do Santo Condestável, é constituído por 31 elementos. Com um hino original, todos os temas do reportório são do cancioneiro tradicional transmontano. “São tudo cânticos ou cantares ou modas como nós lhe chamamos ligados ao trabalho da terra, àquilo que se fazia no campo, desde Vinhais a Miranda do Douro, cantando as raízes do povo, interpretando à nossa maneira, mas sem nos desviarmos muito dos originais”, sustentou a entrevistada, sublinhando que são, “essencialmente, um grupo de pessoas amigas e quando assim é, torna-se fácil trabalhar em conjunto”.  

A festa prolongou-se durante a tarde com o magusto em plena época de São Martinho com castanhas assadas, jeropiga e bolo servidos à discrição entre as dezenas de participantes que, num clima de confraternização, se divertiram dançando, comendo e bebendo naquele que foi apenas o início dos festejos do centenário do MAB, até porque a comemoração continuará já no dia 18, a partir das 21h30, aliada ao 151º aniversário do Nascimento do Abade de Baçal.   

“Hoje é um dia para a comunidade, é o dia de aniversário do Museu do Abade de Baçal, 13 de novembro, uma data muito importante que festejamos com os nossos amigos, vizinhos, um público diversificado com o qual partilhamos castanhas, jeropiga e música popular”, começou por explicar a diretora do MAB, Ana Afonso, salientando que “é uma festa muito significativa para nós enquanto museu deste património e desta identidade de Trás-os-Montes”.

“É um sítio acolhedor, com jardim, música, onde é desejável que as pessoas se sintam bem, onde confraternizem, sem nada de rígido, mas, sobretudo, que descontraiam, que sejam felizes e que estejam à vontade num espaço que é seu e que celebrem connosco todas as datas representativas para o Museu do Abade de Baçal”, concluiu a principal responsável pelos destinos de um edifício que é uma das principais referências culturais e artísticas do distrito de Bragança.

E é já esta sexta-feira, dia 18 de novembro, que decorrerá a “Comemoração do 151º Aniversário do Nascimento do Abade de Baçal e do 100º Aniversário do Museu do Abade de Baçal”. As celebrações terão início às 21h30, altura em que será servido um Porto de Honra, seguir-se-á uma apresentação dos registos sonoros “Cantos de Outros Tempos”, resultantes de uma recolha de Belarmino Augusto Afonso. Pelas 22 horas, será inaugurada a exposição “Imagens de Fé – Ex-votos da Diocese de Portalegre, Castelo Branco” e meia hora depois, terá lugar um apontamento musical a cargo do Conservatório de Música e Dança de Bragança. O momento mais aguardado está reservado para o final da noite com a inauguração da segunda exposição, intitulada “Celebração" da autoria do falecido José Rodrigues e Raquel Rocha, e onde estará presente a filha do "mestre", em forma de homenagem póstuma.   

“Quero aproveitar, também, para deixar aqui o convite para dia 18 em que serão inauguradas duas exposições. Uma de Portalegre e outra de José Rodrigues, aliada ao privilégio de termos cá a sua filha, será uma homenagem ao mestre que tantas saudades deixa pelo génio artístico inigualável de que era detentor”, sustentou Ana Afonso, endereçando o convite para todos os extratos da sociedade brigantina e transmontana.

Depois da mostra artística ter estado patente na Fundação Escultor José Rodrigues, “Celebração” entra em modo itinerante e chega, finalmente, ao Nordeste Transmontano, mas “dividida” em duas partes. Uma, conforme referido anteriormente, estará em exposição no Museu do Abade de Baçal em Bragança a partir do dia 18 de novembro, enquanto a outra parte, será inaugurada no dia seguinte, sábado, pelas 11 horas, no Museu de Arte Sacra em Macedo de Cavaleiros.

 


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