Em Macedo de Cavaleiros foi construída uma estrutura, decorrente de um projecto iniciado em 1984, com o propósito de ser o cine-teatro da cidade. Um "fardo" herdado em 1993 pelo anterior executivo, dada a necessidade de terem de ser gastas centenas de milhares de contos para por a funcionar aquele "monstro de betão", como é considerado por muitos.

Em Maio do ano passado, foi publicado no Diário da República o concurso para a continuação das obras do agora denominado Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros. E em Julho procedeu-se à abertura das propostas, mas sem que entretanto estivesse acautelado o financiamento total da obra.

O executivo liderado por Luís Vaz pensava recorrer a outros fundos comunitários para atingir 75 por cento do valor total da obra, uma vez que o Estado só garante a comparticipação de 180 mil contos. A autarquia necessita assim de garantir os cerca de 200 mil contos que faltam para completar o custo total da obra, que ronda os cerca de 380 mil contos. Uma situação que o novo presidente da Câmara, Beraldino Pinto, terá de resolver.

Ao autarca ocorrem-lhe duas alternativas de financiamento: a do recurso ao crédito junto da banca ou a assinatura de um contrato-programa com o governo. Esta última seria a menos onerosa para o município, mas atendendo à actual situação política do país, com eleições legislativas marcadas para o dia 17 do próximo mês, a primeira afigura-se como a mais verosímil. Aliás, o Plano de Actividades da Câmara Municipal, que só deverá ser discutido no final deste mês, irá contemplar esse recurso ao crédito. Só que, tendo em conta a actual correlação de forças na Assembleia Municipal, em que a aliança PSD/PP é minoritária, resta saber se o recurso ao empréstimo irá ser autorizado. De acordo com o autarca, "falta uma proposta de plano para a obra avançar".

Por outro lado, antes da obra ser adjudicada, o município terá também que encontrar um local para armazenar os diversos equipamentos, mobiliário urbano e materiais de construção que estão depositados no interior da estrutura que vai ser intervencionada. Apontam-se como soluções para este problema a construção de uma nave ou o pedido de empréstimo do armazém da Lactogal, mas, até ao momento, ainda não foi tomada qualquer decisão sobre o assunto.



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