O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) vai investir este ano 3,75 milhões de euros em obras e equipamentos, desde a remodelação do bloco operatório de Chaves à aquisição de aparelhos para o serviço de imagiologia.

"Estamos a falar de um investimento muito forte e o maior investimento dos últimos anos neste centro hospitalar", afirmou hoje à agência Lusa o presidente do conselho de administração, João Oliveira.

Os investimentos previstos vão estender-se às unidades de Vila Real, onde está instalada a sede social, e ainda a Chaves e Lamego.

Uma grande fatia da verba é destinada à remodelação do bloco operatório da urgência de Chaves, estando previstos 1,8 milhões de euros que vão ser aplicados na obra e ainda em equipamentos.

João Oliveira referiu que o concurso público vai ser lançado "nos próximos dias" e que o prazo previsto para a concretização dos trabalhos é de seis meses, esperando-se que a intervenção esteja concluída até ao final do ano.

Para a concretização deste investimento, o CHTMAD apresentou uma candidatura ao "Programa Operacional Regional do Norte -- Norte 2020", que foi aprovada em janeiro com uma comparticipação de 900 mil euros.

O responsável afirmou que a área da imagiologia vai também "ter um investimento forte" e adiantou que o CHTMAD quer adquirir a um equipamento de ressonância magnética, para a qual já há uma verba cativa de 1,2 milhões de euros.

João Oliveira afirmou que se "trata de um concurso com cinco anos e muito trabalho" e que, para a conclusão deste processo, "falta apenas o visto do Tribunal de Contas".

Para a unidade de Chaves será adquirido um aparelho de "raio x" para substituir o atual "que já tem mais de 17 anos e muitos problemas de operação" e será também substituído um ecógrafo.

Para a unidade de Lamego vai ser adquirido um aparelho de tomografia axial computorizada (TAC), tratando-se de uma "ambição antiga" e que vai evitar o transporte de doentes até Vila Real para a realização deste exame.

Este é um "investimento de 200 mil euros" que, segundo o presidente do conselho de administração, "terá um retorno em cerca de três anos".

O TAC de Vila Real trouxe "surpresas negativas em 2016", já que se trata de um aparelho antigo e para o qual é difícil arranjar peças, pelo que será também substituído este ano.

João Oliveira disse ainda que a gastroenterologia é uma área "onde não se investe há muito tempo" e que, por isso, vão ser aplicados, este ano, cerca de 200 mil euros na substituição de equipamentos para a realização de, por exemplo, endoscopias.

Em obra está já o edifício da consulta de psiquiatria, afetado pela humidade e onde há muitas queixas relativamente ao frio. Aqui vão ser gastos 75 mil euros para criar melhores condições para os utentes e profissionais.

Outro projeto que ficará concluído em 2017 é o da "reabilitação cardíaca", o qual conta com o apoio da EDP Solidária.

Trata-se de uma iniciativa que junta a cardiologia e a medicina física de reabilitação e que tem como objetivo reabilitar o doente cardíaco antes de ter alta, podendo-se evitar, assim, que tenha que regressar à unidade hospitalar.

Os equipamentos, para instalar no ginásio onde será feito o tratamento, já foram adquiridos e falta apenas a realização da obra. Para o efeito vão ser gastos 80 mil euros e aproveitado um pátio interno, que vai ser coberto.

João Oliveira referiu que o CHTMAD quer também substituir equipamento informático (computadores e impressoras), algum com mais de uma década de funcionamento e anunciou ainda um investimento de cerca de 50 mil euros em material cirúrgico.

Isto porque, continuou, neste início de ano o centro hospitalar está a operar mais do que em períodos homólogos, registando-se um crescimento global de cerca de 20% nos blocos operatórios.

O CHTMAD continua a insistir na aquisição de um segundo acelerador linear para o centro oncológico, um equipamento que custa cerca de cinco milhões de euros e que vai permitir fazer novas técnicas de tratamento.

João Oliveira disse que se está a ultimar o estudo económico-financeiro mas frisou que se trata de um aparelho "absolutamente necessário".

O atual acelerador "está esgotado". Anualmente, está a fazer dez mil sessões de tratamento



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