Cinco viaturas e 20 operacionais combateram o incêndio, ainda, de origem desconhecida que deflagrou na MotoFrias esta quarta-feira na Avenida das Cantarias, consumindo dez motas e mais de 110 mil euros em material.

 

Aconteceu esta quarta-feira, ao final do dia, um incêndio na Avenida das Cantarias em Bragança, mais precisamente nas instalações da oficina e no espaço contíguo da MotoFrias.

“O alerta foi dado às 19h52 e quando chegámos ao local deparámo-nos com um incêndio fora e outro dentro do edifício”, começou por contar ao Diário de Trás-os-Montes o Segundo Comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança (BVB), sublinhando que como teve origem e se propagou “não é da nossa competência”, estando as investigações a cargo da Polícia de Segurança Pública.

“No local estiveram cinco viaturas e 20 operacionais, tendo o incêndio sido dominado 40 minutos depois”, informou Carlos Martins, reconhecendo que “houve alguma dificuldade em aceder à oficina devido à quantidade de fumo existente no seu interior”. Tanto assim que os bombeiros tiveram de fazer “manobras de ventilação tática” ou, por outras palavras, duas aberturas no telhado com o objetivo de arejar o espaço, removendo “o fumo, o calor e os gases” para, só depois, poderem combater as chamas.

Segundo o responsável, “a única pessoa transportada para o hospital foi um dos proprietários e foi aconselhada por nós visto que ele andou muito tempo dentro da oficina a tentar retirar os bens que lá estavam e, já no final, quando eu estava a falar com ele apercebi-me que ele estava com alguma dificuldade em respirar”.

A quem se refere o Segundo Comandante é António Frias, um conhecido membro da comunidade brigantina. O Diário de Trás-os-Montes ainda tentou gravar com o empresário, mas este, ainda visivelmente combalido, não só pela experiência traumática pela qual passou, mas, também, pelo facto de não ter qualquer seguro, só prestou declarações em “off the record”.

De acordo com o próprio, havia saído da empresa pouco passava das 18 horas, quando por volta das 20 horas recebeu um telefonema a dar-lhe conta do incêndio. Dirigindo-se, imediatamente, para o local do sinistro, Frias, como é conhecido entre os amigos, acabaria por ser vítima da sua própria intervenção, já que, num gesto corajoso, ao subir ao andar de cima da infraestrutura tipo hangar, onde estaria grande parte do material em stock, incluindo peças de motas e material informático e de escritório, na tentativa de salvar o máximo possível, acabaria por ser internado no hospital de Bragança devido à inalação de fumos, tendo tido alta só na manhã seguinte.

Foram dez as motas consumidas pelo fogo e mais de 110 mil euros em material, testemunhou António Frias ao Diário, revelando que o fogo poderá ter tido origem num curto-circuito, frisando, no entanto, não haver, de momento, certezas absolutas.

 

Vídeo da autoria de Telmo Garcia, a quem o Diário de Trás-os-Montes agradece.

 


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