Nunca como anteontem valorizaram tanto tanto o telemóvel. Só ao ouvir a voz dos filhos dezenas de pais de Valpaços acalmaram a «aflição» que se apoderou quando ouviram a notícia do desaparecimento de uma menina durante uma visita de estudo e que só viria a aparecer quase cinco horas depois.

\"Quando soube, cheguei a pensar que fosse a minha filha e ainda por cima não lhe conseguia ligar\", recordava, ao JN, Paulo Figueiras, enquanto aguardava a chegada do autocarro com os estudantes. Mal a notícia começou a circular, muitos pais concentraram-se junto à escola.

O conselho executivo manteve as portas abertas e esteve \"em contacto permanente\" com os professores que acompanharam os alunos e a directora regional de educação. \"Mas os pais, como contactam com os filhos pelos telemóveis, estão tão informados como nós\", garantia um professor.

Os dois autocarros chegaram faltavam 20 minutos para as quatro. \"Vocês queriam era aparecer na televisão!\", brincava um pai. De mochila às costas, os estudantes vinham bem-dispostos. Agarrada à cinta da mãe, só uma menina lacrimejava.

Sem saber explicar o comportamento da jovem, um colega de 15 anos não escondia que foi complicada a situação. \"Quando demos conta começou tudo a stressar!\", concluiu.



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