A empresa do sector têxtil Moda Real encerrou as suas portas no início do ano passado, e a Schoeller, do mesmo ramo, fechou definitivamente em Fevereiro deste ano, para se mudar \"de armas e bagagens\" para países de leste onde a mão-de-obra é mais barata. Quando esta última fechou, o Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes reuniu-se com a Câmara Municipal de Vila Real, de quem diz ter obtido a \"promessa\" de que em breve seriam instaladas duas empresas do ramo têxtil no parque industrial local.

Um ano após o fecho da Moda Real e nove meses depois do encerramento da Schoeller, a situação dos antigos trabalhadores é considerada \"preocupante\" por Manuel Sousa, do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes. Segundo ele, dos 350 trabalhadores destas empresas, cerca de 50 por cento já não recebe o subsídio de desemprego, e muitos deles, devido à sua má situação financeira, estão com problemas conjugais. Outros, diz o sindicalista, viram-se \"obrigados\" a procurar uma vida melhor no estrangeiro.

Na passada sexta-feira, o sindicato reuniu-se com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Vila Real para discutir as ofertas de emprego existentes no concelho e a possibilidade de se criarem novos postos de trabalho para absorver estes trabalhadores. O IEFP de Vila Real, onde estão registados cerca de quatro mil desempregados, garantiu incentivos financeiros e menos burocracia para aqueles que queiram criar o seu próprio emprego.

Na Câmara Municipal de Vila Real, o sindicato foi recebido pelo vereador Domingos Madeira Pinto, que disse \"compartilhar a preocupação\" com o próprio sindicato e assegurou que \"a Câmara tem feito um enorme esforço na tentativa de fixar empresas no concelho\". O vereador explicou que, desde que a Moda Real encerrou, \"já apareceram algumas possibilidades\", mas \"por diversas razões, não foi possível concretizarem-se\".

Madeira Pinto afirmou que a autarquia está \"apreensiva\" com a situação dos antigos trabalhadores da Moda Real e da Schoeller. Mas deixou um desabafo: \"não podemos obrigar os empresários a fixarem-se no concelho\". Apesar disso, o vereador adiantou que, \"a curto prazo, poderão surgir novidades nesta área, pois uma empresa nova poderá vir a fixar-se no concelho\". No entanto, acrescentou, esta empresa poderá não estar relacionada com o sector têxtil.



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