Os comerciantes que participavam num encontro subordinado ao tema "Contribuição e Impacte Sócio-económico do Douro Center na Região", promovido pela Associação Comercial e Industrial de Vila Real (ACIVR), no dia 12 de Julho mostraram-se "preocupados" com o índice de vendas no comércio tradicional quando o Douro Center abrir.

O custo das lojas no Douro Center e a forma como os comerciantes podem aceder a uma, foi outra as preocupações manifestadas pelos participantes no encontro.

O presidente da ACIVR, Domingos Dias, diz que a sua associação "está preocupada com os 1.800 associados que vão continuar fora do centro comercial". Por isso, a partir de Setembro, vai apostar na animação das ruas da zona histórica da cidade", que "vão funcionar como um centro comercial ao ar livre".

Domingos Dias acredita que o futuro centro comercial de Vila Real, um projecto que vai custar 12 milhões de contos, vai ser abrangente a toda a área de Trás-os-Montes e vai trazer muitas pessoas e consumidores à cidade.

"Acredito que as pessoas que vierem visitar o centro comercial também passarão pelo centro da cidade. Logo o comércio no Douro Center e o tradicional poderão complementar-se", sustentou o presidente da ACIVR.

Abertura em Março

Quem não tem dúvidas do desenvolvimento e progresso económico que se preconiza para a região é António Matias Lopes, director da MDC (Multi Development Corporation), empresa responsável pela gestão do Douro Center.

O Douro Center tem estimada a sua área de abrangência para a população residente num raio de 45 minutos de distância de automóvel de Vila Real, nomeadamente Lamego, Peso da Régua, Chaves, Mirandela, Bragança.

Aquele mercado potencial está avaliado em cerca de duzentas mil pessoas, podendo aumentar com o funcionamento do Itinerário Principal 3 (IP3).

O valor de consumo relativo dever-se-á cifrar nos 72,5 milhões de contos por ano.

Matias Lopes salientou que o Douro Center vai originar cerca de mil postos de emprego directos, e vai permitir um "crescimento da actividade económica".

Destacou a proximidade do local onde está a ser construído o centro comercial com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que possui uma população flutuante significante.

"Vamos duplicar a capacidade de escolha dos consumidores da região e trabalhar em interacção com o comércio tradicional", frisou.

Para Matias Lopes, o Douro Center vai permitir "aumentar a capacidade de oferta para que os potenciais consumidores não migrem para outras áreas comerciais, de forma a que fiquem na região para fazer as suas compras".

Com capacidade para 100 lojas, cinco cinemas e um hipermercado, o Douro Center vai abrir as suas portas em Março do próximo ano, com algum atraso devido à necessidade de se reajustar e redefinir o espaço e a dimensão das lojas.



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