A coleção privada de Roberto Afonso, intitulada “Máscaras Rituais de Portugal”, é pela primeira vez exibida ao público, servindo de mote ao encerramento da VIII Bienal da Máscara.

 

Decorreu esta terça-feira, dia 5 de dezembro, a inauguração da exposição “Máscaras Rituais de Portugal”, integrada na VIII Bienal da Máscara. A mostra artística patente no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira resulta de uma coleção privada de Roberto Afonso exibida publicamente pela primeira vez.

Trata-se de mais de meia centena de máscaras construídas pelas mãos de 35 artistas e que representam 36 festas com mascarados em Portugal e nas quais se incluem duas que, atualmente, já não se realizam.

Segundo o colecionador, natural de Vinhais, “esta exposição, com as festas distribuídas cronologicamente entre 31 de outubro e 24 de junho, pode ser entendida como um roteiro das festas com mascarados em Portugal, manifestações espontâneas cuja origem se perde na noite dos tempos, que perpetuam as nossas raízes e representam a nossa identidade cultural”.

De salientar ainda que, para além das máscaras, cada composição integra elementos ligados às personagens e aspetos da festa, sendo complementada com textos da autoria do próprio Roberto Afonso, de António Tiza e de outros colaboradores com conhecimento profundo dos rituais festivos apresentados.

“Eu tenho algum fascínio pelas máscaras porque existia na casa dos meus avós uma máscara que me assustava e que era usada no carnaval. E, depois, fui-me apercebendo que havia mais festas além do carnaval, que havia outras alturas em que eram usadas máscaras e enquanto crescia fui lendo e indo às festas, fui conhecendo e o fascínio foi aumentando e, agora, sou um habitué das festas todas da região e até fora daqui”, contou Roberto Afonso à Comunicação Social, momentos antes da inauguração da exposição, recordando como teve origem o seu interesse e a sua relação com as máscaras de Portugal.

 

 

BALANÇO DA VIII BIENAL DA MÁSCARA - MASCARARTE 2017

 

“Hoje (terça-feira) é o encerramento da Mascararte, desta Bienal de 2017 e o balanço é extremamente positivo. Nós definimos uma programação, também, exigente com imensas atividades que aconteceram ao longo destes 5 dias com variadíssimos locais a serem utilizados para este evento, desde espaços fechados como este onde nos encontramos (Centro Cultural Municipal Adriano Moreira) com várias exposições, aqui com o espaço do artesão onde tivemos 11 artistas a exporem o que de melhor sabem fazer subordinado à temática da máscara, também com iniciativas relacionadas com as máscaras do outro lado da fronteira, mais concretamente de León com uma participação muito numerosa no desfile e que levou à Queima do Mascareto, este ano num espaço diferente, que foi o castelo. Entendemos, também, que é necessário dinamizarmos aquele que é um ícone da cidade e esta foi uma das iniciativas que pretendemos continuar a levar àquele espaço para lhe dar movimento e até promovê-lo, tanto lá fora como cá dentro.

E, hoje (terça-feira), diria mesmo que fechamos com chave de ouro, pois terminamos com esta exposição de um jovem que não sendo do concelho, é do distrito de Bragança, é de Vinhais, e veio aqui numa perspetiva clara de poder trazer o que ele de melhor tem feito ao longo do tempo sobre a temática da máscara, mostrando aquilo que nos concelhos vizinhos também se faz relativamente a esta matéria.

Estamos perfeitamente conscientes que este ano tivemos uma bienal excelente e não sou eu que o digo, mas é antes o feedback que nos tem chegado de diversos cidadãos e, inclusive, de várias entidades. A ocupação das unidades hoteleiras também tem sido muito boa, o que para nós é satisfatório e evidencia aquilo que tem vindo a acontecer ao longo dos últimos anos, que os eventos culturais trazem gente à cidade, à região, são um fator de promoção e de atração de público e é isso que nós pretendemos para o nosso concelho”.

Declarações proferidas pelo presidente da Câmara Municipal de Bragança no encerramento da VIII Bienal da Máscara – Mascararte 2017.

 


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