Apesar dos planos de prevenção e de combate aos incêndios para este Verão, o comandante dos bombeiros de Sabrosa, António Araújo, continua a rezar para que chova. "Estamos preocupados e receosos que se repita, este ano, o cenário do ano passado", confessou o comandante a «O Primeiro de Janeiro». Vila Real foi dos distritos que registou menos incêndios no ano passado, mas António Araújo diz que tal situação não o deixa mais "aliviado". "Vila Real é uma zona em risco devido ao acumular do mato, à limpeza que não é feita nas florestas e aos pontos de água que se encontram degradados", explicou. A limpeza das matas pelos militares, no entender do comandante, "é um bom princípio, mas é insuficiente".

Assegurando que os meios que possuem são "insuficientes", António Araújo receia a existência de ocorrências em simultâneo. "Numa situação deste género, não teremos qualquer hipótese", sublinha o comandante. A par da falta de meios para o combate aos incêndios, o existente também se encontra "desgastado".

As dificuldades na comunicação é um outro aspecto que preocupa o comandante dos bombeiros de Sabrosa. Em vários pontos do concelho, segundo ele, "não é possível qualquer tipo de comunicação, quer por telemóvel, quer por rádio". Para além disso, António Araújo adianta que, normalmente, "são os bombeiros os acusados quando algo corre mal". No entanto, como frisou, "somos o terminal de uma cadeia. Os incêndios não são um problema dos bombeiros, mas sim da Protecção Civil. Só quando algo corre mal antes é que nós somos levados a intervir".

Um problema que se tem tornado difícil de resolver para o comandante, é a mobilização de pessoal. O subsídio pago aos bombeiros, cerca de 1,50 euros por hora, em serviços de 24 horas, é considerado "demasiado baixo" por António Araújo. "Este valor chega a ser inferior ao que ganha uma empregada de limpeza".



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