Multinacional francesa de equipamento automóvel inaugurou as instalações que deverão começar a laborar em Setembro

A multinacional francesa Faurecia, um dos maiores fabricantes mundiais de equipamento automóvel, inaugurou nesta quarta-feira uma segunda fábrica em Bragança que vai criar 400 postos de trabalho a juntar aos 850 existentes na primeira unidade.

As novas instalações só começarão a laborar em Setembro, depois de um investimento de 41,5 milhões de euros, com apoios financeiros do Governo e da Câmara local, numa fábrica com tecnologia de ponta que perspectiva criar mais 400 postos de trabalho, em Bragança, até 2018, segundo os responsáveis.

A nova unidade de componentes para automóveis junta-se à já existente, desde 2001, em Bragança, actualmente com 850 trabalhadores, e vai fornecer várias marcas do sector na Europa, como a Jaguar Land Rover, Nissan e Renault, segundo divulgaram os responsáveis.

A inauguração contou com a presença do responsável local da empresa, Luís Oliveira e do vice-presidente da multinacional, Christophe Schmitt que salientaram a "confiança na mão-de-obra qualificada e profissional e na economia de Portugal", onde contam com um total de seis fábricas em vários pontos do país.

O secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, presidiu à inauguração da nova unidade que considerou "um momento simbólico" por se tratar de uma multinacional que está desde 1951 em Portugal.

O governante lembrou que este investimento foi "decidido no meio de uma das maiores crises de Portugal, em que um dos maiores fabricantes de peças automóveis em todo o mundo optou por investir", ainda assim no país.

Entende que não o fez pela mão-de-obra barata e precária, realçando que outros países com custos de trabalho mais baixos concorreram a este investimento e a opção recaiu em Bragança, "pela qualidade, pela qualificação, também pela fidelização da mão-de-obra"

O secretário de Estado contou que nesta visita falou com vários trabalhadores que trabalham na fábrica há vários anos, alguns desde o início, em 2001 e aproveitou para vincar que "a luta deste Governo pela melhoria dos custos da mão-de-obra é para continuar".

A escolha de Bragança, no interior de Portugal, é para o governante "um símbolo de que quando se trata deste género de investimentos, não há fronteiras, não há interior e litoral".

"Esta fábrica aqui está mais perto dos seus clientes, que são o resto da Península Ibérica, do que se estivesse noutras zonas de Portugal", sublinhou, acrescentando que se trata de uma das unidades "mais sofisticadas de Portugal" com "tecnologias de indústria 4.0, digitalização das fábricas, muito raro de encontrar, não só em Portugal, mesmo em toda a Europa".

Esta nova unidade vem reforçar a ambição do presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, de criar um "cluster" automóvel em Bragança, através da atracção de outras empresas que passarão a fornecer a Faurecia.

"Há empresas italianas que já estão a laborar em Bragança directamente neste sector, há outras que estão com vontade de se instalar, e o objectivo é que efectivamente nós consigamos criar as condições para que se instalem".

Para o efeito, o município apostas nas duas zonas industriais do concelho, a de Mós, e a ampliação das Cantarias.
Foto: António Pereira



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