O presidente da Câmara de Vila Real, Manuel Martins, ameaçou ontem levar o Governo a tribunal caso não obtenha, até Dezembro, uma resposta favorável quanto ao financiamento do programa Polis, que o executivo admitiu adiar para 2007.

\"Se até ao final do ano não houver uma resposta favorável para o Polis de Vila Real, a Câmara colocará o Governo em tribunal, para que este cumpra o compromisso que assumiu publicamente com esta autarquia\", afirmou o social-democrata Manuel Martins.

O autarca falava à comunicação social seis dias depois de o Ministério das Cidades ter avançado que estão em curso \"contactos bilaterais\" com as autarquias com maiores atrasos na execução do Programa Polis, no âmbito de uma análise financeira que poderá implicar o adiamento da viabilização de obras para 2007.

Manuel Martins salientou ainda que a Câmara de Vila Real não vai \"ceder nem um cêntimo\" das verbas definidas para o Polis, ou seja, os 30 milhões de euros previstos para a concretização deste projecto.

O próximo passo do autarca é pedir uma audiência com o ministro das Cidades e do Ambiente, José Luís Arnaut, que deverá realizar-se em Setembro, para discutir com o governante \"as verbas que ainda falta assegurar para o Polis\" de Vila Real.

O Diário Económico adiantou na semana passada, citando fontes do Ministério das Cidades, que o Governo admite adiar para o IV Quadro Comunitário de Apoio o financiamento de projectos em 13 das 39 localidades abrangidas pelo Polis, num montante global de 118,3 milhões de euros.

De acordo com aquele jornal, Chaves, Vila Real, Viana do Castelo, Vila do Conde, Gaia, Gondomar, Aveiro, Viseu, Guarda, Covilhã, Coimbra, Leiria e Costa da Caparica seriam as cidades afectadas.

Ontem, Manuel Martins afirmou que a notícia que veio a público na semana passada \"não corresponde em nada à verdade\". No entanto, se os problemas financeiros não forem resolvidos, alguns projectos do Polis de Vila Real correm o risco de não se concretizar de imediato, nomeadamente o Parque da Cidade ou a Avenida Carvalho Araújo.

Segundo Manuel Martins, há um compromisso do gestor nacional do Polis para a vinda de verbas ou para a Vila Velha ou para o Centro Histórico.

\"Estes projectos ficam em \"stand by\" até que sejam garantidas as verbas necessárias para a concretização das obras\", frisou.

Em Setembro, começam as obras no Centro de Monitorização do Bairro dos Ferreiros e a requalificação do Largo do Pioledo, nomeadamente na zona verde, onde vai ser demolido um edifício, passeios e arcadas.

Antes do final do ano, entra em execução o Parque Corgo, que prevê a requalificação das margens do rio Corgo, desde a ponte da Timpeira até à confluência com o rio Cabril.



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