O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, lamentou ontem o fluxo «extremamente elevado» de emigração registado nos últimos anos. Para o responsável, este é um dos problemas do país, principalmente porque «sai muita gente que é precisa cá».

“Sofremos todos os dias quando vemos partir imensos jovens e queremos evitar que, no futuro, isso se volte a verificar”, disse José Cesário durante o Encontro Europeu de Jovens Luso-descendentes, em Famalicão.

O secretário de Estado lembrou ainda que a emigração sempre fez e fará parte da história de Portugal, visto que, mesmo quando a economia estava em crescimento, saíam cerca de 30 mil pessoas todos os anos do país. Contudo, acha preocupante quando os números passam “de 30 ou 40 mil para 100 ou 120 mil”. José Cesário considera que o fluxo migratório foi “escondido” pelos anteriores governos, visto que há “seis ou sete anos” que se mantém “extremamente elevado”.

O outro lado. Estas declarações contradizem os incentivos feitos pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, em dezembro do ano passado, quando sugeriu aos professores desempregados que emigrassem. E também com o discurso de Miguel Relvas, que em janeiro defendeu a emigração jovem.



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