O Instituto Politécnico de Bragança conseguiu atrair na primeira fase do concurso nacional 540 alunos, cerca de 30% da sua capacidade educativa, ficando muito aquém das expectativas iniciais onde se previa um aumento face aos anos anteriores em virtude da sua boa classificação nos rankings de Politécnicos e universidades.

Da sua oferta educativa só 3 cursos conseguiram colocar todas vagas disponíveis, sendo eles Solicitadoria, Gestão de empresas e Enfermagem, ficando 13 cursos com zero colocados.

É certo que ainda há varias fases para colocar alunos, no entanto não deve deixar de preocupar todos os responsáveis pela educação no país, pois temos eu decidir que modelo de desenvolvimento pretendemos para o interior.

De salientar que apesar de alguns cursos terem zero colocados, existem algumas engenharias que já têm 30 alunos estrangeiros, o que não sendo factor de regozijo é no entanto uma via bem explorada pelo IPB com sucesso garantido tornando o IPB e Bragança uma sociedade multicultural e atractiva.

Sobrinho Teixeira adiantou à agência Lusa que estima “um aumento de 35 por cento” de alunos de outros países em relação ao ano anterior, “quer no âmbito da Lusofonia, quer, sobretudo, fora do que é o espaço da língua portuguesa”.

O maior aumento do número de candidaturas tem chegado de países de fora do espaço da Lusofonia, segundo aquele responsável, que ressalvou que o número efectivo “só será conhecido lá para o início de Outubro, por causa do processo de vistos”.

O presidente do Politécnico disse acreditar que esta procura resulta da aposta na internacionalização, mas também que “é determinante para este aumento dos alunos.
Até 2020 prevê-se que haja uma redução de 2% no número de jovens com 18 anos. Entre 2020 e 2030, a situação tende a piorar com uma diminuição na ordem dos 14%. Se há menos jovens, há também menos candidatos ao Ensino Superior, colocando enormes desafios aos Politécnicos e as universidades do interior do país.

Quando se pensa no futuro e nos desafios que o Ensino Superior enfrenta, uma das maiores preocupações é se vai continuar a haver alunos suficientes para manter as universidades e os politécnicos sobretudo aqueles do interior do país e que surgiram em função do desenvolvimento pós 25 de abril em que a evolução demográfica se registava em sentido inverso ao atual.



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