Apesar das garantias de técnicos de que a construção de uma central termoeléctrica junto à fronteira portuguesa não trará grandes problemas ambientais, o presidente da Câmara de Miranda do Douro disse que só tomaria uma posição quando soubesse «dos resultados dos estudo de impacto ambiental».

Manuel Rodrigo garante que o processo pode ser uma faca de dois gumes, já que há quem pense que pode \"trazer gente para uma região desertificada\", mas depois de a central estar concluída, \"serão precisas poucas pessoas para a manter em funcionamento\".

Apesar de a central poder vir a afectar ambientalmente tanto os espanhóis como os portugueses, certo é que do lado de cá da fronteira ainda quase ninguém ouviu, sequer, falar daquele projecto.

No entanto, do lado de lá, não só há conhecimento real dele, como já há, até, contestação, visível através dos inúmeros grafitos em paredes e sinais de trânsito. Algumas localidades da região de Sayago começam, inclusive, a participar em sessões de esclarecimento, com vista à elaboração do Estudo de Impacto Ambiental promovido pelo Governo espanhol.

No passado fim-de-semana, Moral de Sayago, a aldeia espanhola onde se pretende construir a unidade de produção de electricidade, foi o palco escolhido para os técnicos apresentarem as vantagens da construção de central térmica.

Apesar da maioria não confiar nas vantagens, José Domingo, alcaide de Moral de Sayago, está convencido de que a construção da termoeléctrica será uma mais-valia para a região \"porque a vai desenvolver\".



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Fartos de promessas

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