A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) destaca que o “mais autêntico e melhor conservado” ‘marcador do tempo’ em Portugal está de regresso à Concatedral de Miranda do Douro “após um rigoroso processo de restauro”.

Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a DRCN informa que o marcador do tempo foi agora colocado na torre do relógio do edifício, na Diocese de Bragança-Miranda.

“É o exemplar mais autêntico e melhor conservado no nosso país”, destaca da peça datada da primeira metade do século XVIII após o “rigoroso processo de restauro”.

A Direção Regional de Cultura do Norte explica que o marcador do tempo é um mecanismo de “relojoaria grossa” e o de Miranda do Douro manteve as peças de origem “de ferro forjado cavilhadas”, “ainda que em mau estado”, até ao início do século XXI.

As peças foram restauradas e foi “apenas” fabricada de novo a peça central sujeita a maior desgaste, denominada de “escape”.

“Este mecanismo era animado por sistema de pêndulo e corda para um dia e dotado de um único ponteiro, marcava os quartos de hora. Provavelmente de origem espanhola a sua encomenda foi coetânea dos melhoramentos e reformas levados a cabo, no período joanino, por todo o país”, explica a DRCN

Segundo a informação também divulgada no sítio online da instituição, há notícias de existirem “mecanismos idênticos” que desapareceram ou foram substituídos por “aparelhos modernos” e o marcador do tempo da antiga Sé de Miranda “será, talvez,” o exemplar mais autêntico e (agora) melhor conservado deste género de “relógios arcaicos” que chegaram à atualidade.

Devido ao seu valor patrimonial a sua mostra vai ser integrada no circuito de visita ao conjunto catedralício estando em curso “a beneficiação e a valorização” da visita pública enquadrada no projeto ‘Rota das Catedrais’ da Direção Regional de Cultura do Norte, ao abrigo de programas de cofinanciamento comunitário.
Agência ECCLESIA



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