Crónica de uma visita anunciada, a presidência e o povo, o,povo e a presidência, Marcelo está entre nós, Trás-os-Montes agradece o carinho e o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa não renega em afectos, Portugal está próximo.

Visita começa as 10.30 em Santa Marta de Penaguião, no lugar de Concieiro, nas antigas escolas transformadas em habitações sociais, o sol já vai alto, centenas de pessoas esperam nas sombras a chegada do senhor Presidente, que começa aqui a segunda edição do Portugal Próximo, dedicado a Trás-os-Montes, e tem como lema desenvolvimento e ao combate à desertificação. Nada mais difícil.

Com o pano de fundo os vinhedos do Douro, o presidente da câmara, Luís Machado, pediu “um mini-PRODER para a região e uma Unidade de Missão para o Douro”, ideia que Marcelo Rebelo e Sousa desenvolveu pedindo uma Unidade de Missão para o Douro, para salvar o resta e unir toda a fileira do vinho e da vinha.

“É preciso que alguém coordene tudo, que fale com as autarquias, os produtores, os exportadores, a Comissão de Coordenação do Norte, os especialistas em turismo e ver o que é importante fazer” , “É preciso um plano que abranja o que é possível e junte esforços”, frisou, lamentando o “nosso defeito” nacional de “cada um puxar para seu lado e termos dificuldade em juntar tudo”.

Marcelo encanta, a centenas de pessoas aguentam o sol abrasador, as crianças sofrem, mas eis que tudo se transforma mal-acabam os discursos oficiais, as pessoas precipitam-se para Marcelo que não renega e beijos e abraços, fotos e selfies da moda, Marcelo a pingar em bica aguenta e distribui cumprimentos e alegria, sempre uma palavra de conforto, a conversa em volta de um copo de vinha do Porto é distendida e aberta a todos, a Presidência é o povo e o povo é a presidência.
A comitiva de 5 carros parte para Vila Real, sem batedores, sem alarido, respeitando os semáforos e os limites de velocidade, vai ser sempre assim durante todo dia, tudo low profile, entretanto Marcelo para no meio de Santa Marta de Penaguião para cumprimentar o povo na rua, distribuiu sorrisos e beijos, abraços, o povo fica feliz e ele arranca a caminho de Vila Real para o Douro Regia Park.

Aqui o vinho é tema, está em todas as conversas, Marcelo prova e aprova, Marcelo declara-se “apreciador de vinhos”, um autentico zelig, a personagem de Woody Allen, Marcelo está á vontade, tem consigo antigos amigos que vieram de Lisboa de propósito para estar ali, a plataforma da vinha e do vinho está recheada de antigos Ministros de todos os governos, deputados, presidentes de Câmara, alunos, professores e investigadores da UTAD, enólogos e homens do Douro.

Presidente da República defendeu, que não há ninguém "no seu bom senso" que não defenda a descentralização para Portugal e que Portugal foi mudando e que agora a visão é a internacionalização, “tirar proveito daquilo em que somos bons, um Portugal à dimensão Global.

Marcelo puxou o tema do referendo à Europa, que foi proposto pelo Bloco de Esquerda, para dizer que “não faz sentido nenhum estar a criar angústias onde elas não existem”. “agora referendos só para mais europa e não para menos”.

“Há outras angústias sobre como é que a Europa deveria ser e deve ser, mas não sobre Portugal estar a sair da Europa", salientou, deixando claro considerar que se trata de "coisas diferentes". "E eu sempre que defendi referendos eram referendos sobre passos a dar na Europa, não referendos para sair da Europa", sublinhou.
No almoço volante no Regia Douro Park, houver tempo ainda para o cavacório, uma espécie de cavaca em que é deitado vinho do Porto: “Eu sempre achei que o cavaquismo era muito cheio de açúcar, muito simpático, e por isso há uma transição institucional pacífica”, disse, enquanto comia dois cavacórios.

A tarde em Sabrosa na Inauguração do Espaço Miguel Torga, em S. Martinho de Anta, o burburinho passou a falatório quando Chegou Sócrates, convidado do Senhor Presidente de Câmara, o espaço lindíssimo da autoria do Arq, Eduardo Souto Mora, estava a abarrotar, o sol convidava a entrar rápido, Marcelo foi engolido pela Multidão, a exposição, toda a gente queria um abraço, um beijo, uma selfie.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates disse, que se associou à inauguração do Espaço Torga, pelo simbolismo da homenagem ao "grande poeta" e pelo reconhecimento da autarquia ao Governo que liderou e ajudou a concretizar o projeto.

No seu discurso Marcelo, mais uma vez na torreira do sol, o presidente fala de “Miguel Torga, o escritor popular, a pessoa que melhor retrata Portugal” que está sempre presente nos seus discursos de uma forma ou de outra, acha normal que o presidente da Autarquia agradeça em quem o ajudou estando no Governo, referindo-se a José Sócrates, que findo discurso cumprimentou de passagem, “ entretendo Marcelo lamenta “esqueci-me de falar em Souto Moura, “ óoo homem esqueci-me de si”, e abraça o Arquiteto., mas não devia porque o espaço é magnifico, o enquadramento na paisagem é de realçar, e a aplicação de xisto é soberba, sou eu quem o diz, o autor desta cronica.
Um casamento perfeito entre arquiteto e homenageado, Souto Moura foi buscar a essência de Torga e ligou tudo. No espaço estava patente uma exposição de George Dussoud, fotografo francês que se apaixonou por Portugal e que muito bem retrata Trás-os-Montes, exposição.

A comitiva parte para Boticas para inaugurar o Lar de Grandes Dependentes da Santa Casa da Misericórdia, onde maios uma vez centenas de pessoas aguardam á torreira do sol, Marcelo cumprimenta todos, não negando abraços a todos os utentes, e prosseguiu com a ideia mais tarde, no terceiro discurso do dia “É que as pessoas precisam mesmo de comunicar, de desabafar, de sentir que se está próximo, nem que mais não seja para entregar uma carta que eu depois leio à noite”.
Mas uma vez apela ao consenso, “não tenho feito outra coisa” em resposta ao Presidente de Câmara.

Marcelo parte para Chaves, onde o espera o batalhão do Regimento e Infantaria 19 que fazem as honras militares, Marcelo na pele de Zelig, encarna na perfeição o papel de Comandante em Chefe, e dedica parte do tempo visitar o último Quartel da Fronteira Portuga a Norte, foi aqui que se defendeu Portugal e a Republica nos idos anos 1910, Portugal reconhece.

Com Marcelo todos os momentos são momentos altos, mas a inauguração do Museu Nadir Afonso em Chaves com a presença do Arq Siza Vieira, o Presidente Marcelo caprichou e não desiludiu os presentes (apenas os convidados, aqui o povo ficou na rua) e disse que aquele espaço é “ Uma obra de referencia mundial, um encontro de génios” . Falando de Siza “ Eu sou um presidente transitório ele é um génio perene”.

Marcelo tem razão, o edifico é d excelência, é referência mundial, não tardarão as visitas só para ver a obra de Siza, mas tal com o dizia Marcelo “Este edifício é um corpo único entre a obra de Siza a Nadir Afonso”. Nadir Afonso deve estar feliz, nós também e o povo de Trás-os-Montes, esse anda encantado com Marcelo.

Veja aqui a nossa galeria de imagens do dia: http://www.diariodetrasosmontes.com/fotogaleria/marcelo-portugal-proximo...



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