Todos os anos o ritual se repete. Família, vizinhos e amigos juntam-se para matar o porco. Foi assim em Montesinho, concelho de Bragança, e em muitas outras aldeias transmontanas.

Mas, numa das mais emblemáticas aldeias do Parque Natural de Montesinho, a matança tem um significado especial. Numa terra onde os porcos se alimentam, unicamente, do que a terra dá, as carnes curam-se com o vento frio da serra, muitas vezes com a neve a espreitar nos beirais dos telhados de lousa.
"Só é pena que haja cada vez menos pessoas a saber matar e cortar o porco, a amanhar as carnes e a fazer os enchidos", desabafava António Pereira, um dos homens envolvidos no "mata porco".
A imagem, aliás, confirma o comentário. A maioria dos homens e mulheres que se encarregam da matança já viveu mais de meio século.
Os mais novos lá vão observando porque ninguém prescinde das alheiras, chouriças e salpicões. Por isso, há que aprender para dar continuidade à matança e produção de fumeiro tradicional, que enriquece as mesas da região.



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