O anunciado investimento de mil milhões de euros da anglo-australiana Rio tinto nas minas de Moncorvo afinal não passara de «especulação». Ao Jornal de Notícias (JN), fonte oficial da empresa terá dito que a informação era «especulação da imprensa portuguesa».

O projecto anunciado no fim de Outubro do ano passado, dava conta de um investimento que estava a ser negociado entre o Governo, a empresa que detém a concessão da mina até 2070, a MTI - Minning Technology Investments, e a Rio Tinto.

Confrontada pelo JN sobre o ponto da situação do investimento, a Rio tinto respondeu: «Não vamos comentar especulações da imprensa portuguesa». Já o ministério da Economia, perante esta resposta da Rio Tinto, disse que nada tinha a dizer. «Não temos qualquer comentário a fazer», explicitou fonte do oficial.

As minas de Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes, são um dos maiores depósitos de minério de ferro da Europa, com recursos medidos e indicados de 552 milhões de toneladas de minério e recursos inferidos de mil milhões de toneladas. Na altura em que o investimento foi anunciado, foi dito que caso as negociações com a Rio Tinto tivessem sucesso, o investimento iria permitir que a pequena vila transmontana recebesse «uma autêntica cidade», e era provável que o investimento demorasse cerca de 10 anos a concretizar até que começasse a laborar.

Também o presidente da autarquia local, Aires Ferreira, em declarações ao JN, garantiu que «o que se passou em outubro foi especulação», considerando que as notícias da altura foram uma «bolha de fumo com origem e objectivos duvidosos«. Por fim, acrescentou que «quem está minimamente por dentro destes assuntos sabe que não tinha fundamento».



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