A agricultura será encarada como uma «prioridade estratégica e de defesa nacional», foram as palavras do candidato à liderança social-democrata Paulo Rangel, este domongo, em Boticas.

«Com este PSD de ruptura e de transformação, a agricultura será uma prioridade estratégica e de defesa nacional. Não será mais uma actividade económica apenas a somar às restantes, será considerado um sector de reserva estratégica e portanto os agricultores serão verdadeiros soldados», afirmou o candidato que falava para uma plateia de centenas de militantes e simpatizantes.

Paulo Rangel referiu que, até agora, o partido que se tem «apropriado» das questões rurais é o CDS-PP, no entanto, na sua opinião, «não o tem feito bem» pois tem feito apenas uma «politica de queixume».

O candidato à liderança do PSD e ao cargo de primeiro-ministro garantiu que, consigo, a «questão agrícola não será mais vista como uma questão económica ou uma simples questão de rentabilidade», mas sim como «uma questão de defesa nacional e estratégica para o país».

Abandono do interior preocupa Rangel

A segunda mensagem que Rangel quis deixar, em Boticas, diz respeito «à coesão territorial e ao abandono do interior, nomeadamente de Trás-os-Montes e Alto Douro e do corredor que vai da Beira Alta até ao Alto Alentejo.

Rangel insistiu ainda no discurso da ruptura, acusando a governação socialista «de ser a responsável por esta situação caótica e de emergência em que se encontra o país».

Para o candidato, o grande «drama» de Portugal está relacionado com a dívida que atinge o Estado, as famílias e os cidadãos que «todas as manhãs se levantam para trabalhar para pagar juros e dívidas», criticou.

«Estamos num país em que ninguém é livre, todos somos escravos e servos da dívida que nos deixaram os socialistas em 15 anos», frisou Rangel.
E por isso lembrou que o lema da sua campanha é precisamente «libertar o futuro».

Vila Real vai ser um território difícil para a candidatura de Paulo Rangel, já que Pedro Passos Coelho é natural deste distrito e acolhe o apoio da maior parte dos autarcas e concelhias.



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