Vila Nova de Foz Côa, Mirandela e Macedo de Cavaleiros receberam a tocha em chamas da “Corrida pela Paz” que terminou ontem o seu périplo em Portugal pelas escolas de Bragança.

 

A Tocha da Paz personifica a união dos povos, sendo transportada por um grupo internacional de voluntários que visitam diferentes países e instituições. O símbolo da maior corrida de estafetas do continente europeu, uma tocha em chamas, irá percorrer, durante 9 meses, um total de 24 mil quilómetros distribuídos por 49 países.

Depois de ter arrancado a 24 de fevereiro na Invicta, a já famosa Peace Run ou, em português, a Corrida pela Paz, passou por várias localidades até chegar a Vila Nova de Foz Côa e Mirandela no último dia do mês. Ontem, 1 de março, e pelo segundo ano consecutivo, Macedo de Cavaleiros foi a anfitriã de serviço no Centro Escolar pouco depois das 9 horas.

Depois de almoço, pelas 13h45, a Tocha da Paz “regressou” a Bragança, tendo sido recebida pelo vice-presidente da câmara municipal de Bragança em frente às instalações do município. De seguida, a tocha foi levada em braços ao Centro Escolar da Sé, à Escola Augusto Moreno, ao Colégio Sagrado Coração de Jesus e ao Centro Escolar de Santa Maria.

“A mensagem que pretendemos transmitir com a tocha é que cada um assuma a responsabilidade de fazer com que haja paz, amizade, fraternidade e harmonia para haver alegria nos nossos corações”, referiu Paulo Xavier, aquando da visita à escola Augusto Moreno.

“Eu costumo dizer, valorizar a paz é igual a valorizar a saúde porque só lhes damos valor quando as perdemos”, declarou o vice-presidente brigantino, que fez questão de acompanhar a pé entre os vários agrupamentos a Tocha da Paz, num percurso de quase quatro quilómetros km).

Depois de, em território nacional, ter calcorreado, aproximadamente, 400 km e ter envolvido mais de 5 mil crianças portuguesas, seguir-se-á Inglaterra numa corrida por um mundo melhor que irá percorrer toda a Europa para só terminar a 8 de outubro em Roma.

“Ao visitarmos as escolas, estamos essencialmente a tentarmos transmitir a mensagem de que a paz está dentro de cada um de nós. Está dentro das crianças, que elas são o nosso futuro e que conseguimos todos nós mudar o mundo”, sublinhou a coordenadora nacional da Peace Run, que considera que a mensagem está “a passar com muita intensidade”. Florbela Caniceiro fez-se acompanhar por atletas originários de países como a Bósnia, Letónia, Inglaterra e Alemanha. 

Recordando um pouco de história, a Peace Run começou em 1987 e é um evento considerado por muitos como o maior e mais abrangente esforço humanitário pela paz. Desde a sua criação, a Tocha da Paz já passou por mais de 150 países. Ao longo do percurso, desde crianças a idosos, desde cidadãos anónimos a líderes mundiais, podem “e devem” juntar-se ao grupo de corredores voluntários, carregando a tocha por alguns passos ou alguns quilómetros, dando o seu contributo com as suas esperanças e sonhos para “um mundo de amizade e entendimento”.

Largas centenas de milhares de pessoas e inúmeros atletas de renome integram, assim, uma ação que se propõe a transformar em realidade o sonho do seu fundador. “Paz não é a ausência de guerra; Paz é a presença de harmonia, alegria e unicidade. A Paz revela a absoluta excelência da vida humana!”, defendia Sri Chinmoy.

Poeta, artista, filósofo e atleta, o fundador dedicou a sua vida à promoção dos ideais de harmonia e união mundiais e é reconhecido internacionalmente por inúmeras iniciativas que aliaram pessoas de muitas culturas a trabalhar para um mundo mais gratificante. Respondendo a um convite do Secretário-Geral das Nações Unidas em 1970, Sri Chinmoy colaborou com esta entidade, na sua sede em Nova York, até 2007, ano da sua morte.

Somente uma curiosidade para finalizar. Desde a sua corrida inaugural em 1987, as equipas internacionais da Peace Run correram aproximadamente 500 mil kms, o que equivale a mais de 12 voltas ao mundo pela linha do Equador.
 

 

FOTOGALERIA: http://www.diariodetrasosmontes.com/fotogaleria/peace-run-2016

 

 


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