Verificou-se um "aumento de casos de infecção pelo vírus da sida, relacionados maioritariamente com a toxicodependência". A conclusão foi avançada por Mário Alves, director da Sub-Região de Saúde de Vila Real e responsável pela Comissão Distrital de Luta Contra a Sida (CDLCS).

Mário Alves alertou para o facto de o número real de pessoas infectadas ser desconhecido, uma vez que a sida não é uma doença infecto-contagiosa de declaração obrigatória. Para resolver este problema, a CDLCS pretende instalar em Vila Real durante o primeiro trimestre de 2002 o primeiro Centro de Diagnóstico Anónimo da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.

"Para controlarmos melhor o evoluir da doença temos de consciencializar as pessoas para a importância de, voluntariamente, se dirigirem a um centro de rastreio para fazerem análises", salientou Mário Alves.

Desde 1989 foram notificados no distrito 99 casos de pessoas infectadas com o vírus da HIV, das quais 25 já faleceram. As principais causas de infecção no distrito são, segundo Mário Alves, a partilha de material infectado por toxicodependentes e as relações sexuais desprotegidas. A população infectada é maioritariamente masculina e pertence à faixa etária entre os 20 e os 45 anos", acrescentou.

No Dia Mundial da Luta Contra a Sida, que se comemorou no dia 1 de Dezembro, a CDLCS distribuiu junto aos estabelecimentos comerciais de Vila Real, Chaves e Régua, panfletos e porta-chaves alusivos ao dia e ao combate contra esta doença. Houve ainda a distribuição de preservativos nos bares destas cidades "para consciencializar as pessoas da necessidade de se prevenirem".

Recorde-se que o vírus da sida não se transmite através da partilha de roupa ou talheres nem de casas-de-banho. A relação quotidiana com pessoas infectadas, seja em que local for, também não permite a transmissão do vírus. Por isso, pode abraçar, beijar ou acariciar pessoas seropositivas sem qualquer risco de contágio.



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