Os deputados António Abelha, Pedro Pimentel e Nazaré Pereira querem saber porque é que os médicos que prestam colaboração às juntas de freguesia de Alvadia, Canedo, Limões e Santo Aleixo, em Ribeira de Pena, "foram chamados à Sub-região de Saúde de Vila Real e ameaçados de despedimento".

Segundo afirmaram, existem extensões de saúde nas freguesias de Canedo e Alvadia, doadas pelo Governo Norueguês, que nunca foram utilizadas. Tal facto levou a que as juntas tivessem recorrido aos serviços de dois médicos e de dois enfermeiros do centro de saúde de Ribeira de Pena para prestarem os cuidados necessários às populações.

Os deputados explicaram que os médicos, de nacionalidade espanhola, prestam serviço, me- diante contrato, no Centro de Serviço de Ribeira de Pena, e dispuseram-se a prestar os referidos cuidados de saúde no seu tempo livre, o que os social-democratas consideram ser "uma situação perfeitamente legal, desde que compatível com os horários fixados pelo Serviço Nacional de Saúde".

No entanto, segundo os deputados, "os médicos foram chamados de urgência à Sub-região de Saúde de Vila Real, onde lhes foi dada ordem para suspenderem de imediato a prestação de serviços a essas populações, sob pena de serem despedidos".

Uma acusação desmentida pelo director da Sub-região de Saúde de Vila Real, Mário Alves, que afirmou ao Semanário TRANSMONTANO que "os médicos espanhóis foram chamados para negociar o alargamento dos horários de trabalho". O director justificou que "a falta de médicos que se verifica naquele concelho, uma situação comum a todo o distrito, levou a que a Sub-região de Saúde quisesse renegociar o contrato efectuado com aqueles profissionais, com vista ao alargamento do horário de trabalho". Acrescentou ainda que, "depois da reunião realizada há algum tempo atrás, ficámos à espera de uma resposta por parte dos médicos, o que até agora não aconteceu".

Os deputados do PSD também quiseram saber "porque é que as extensões de saúde localizadas nas freguesias de Canedo e Alvadia não estão em funcionamento". Mário Alves afirmou que essas extensões de saúde foram construídas há 18 anos e nunca entraram em funcionamento devido à falta de recursos humanos, nomeadamente médicos e enfermeiros.

A unidade de Alvadia foi cedida à Caritas no ano de 1999, e a instituição abriu no local um centro de dia para idosos. Em Canedo, o responsável garante que estão a ser realizados esforços com vista à sua abertura.



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