Bagueixe, no concelho de Macedo de Cavaleiros, recebeu, no passado sábado, o Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa. Mais de cinquenta exemplares de bovinos de raça mirandesa apresentaram-se a concurso, que foi dividido em oito secções.

As maiores explorações destes animais situam-se na zona nascente, pois a maioria dos participantes vieram de Talhas, Gralhós e Lagoa. No entanto, também marcaram presença criadores oriundos de Cortiços, Ala e Carrapatas.

Os exemplares a concurso são bons exemplos da raça, pois alguns deles receberam mesmo o primeiro prémio no concurso nacional, que decorreu no passado mês de Agosto.

A qualidade dos animais é atestada por Fernando Sousa, da Associação de Criadores de Bovinos da Raça Mirandesa (ACBRM).

O responsável referiu que produzir bovinos de raça mirandesa é a melhor aposta do sector, já que nenhuma outra produção agro-pecuária garante o escoamento e preço do produto como os bovinos mirandeses. Se a estes factores associarmos um pacote de incentivos à produção, esta exploração torna-se um negócio atractivo.

Achegas de bois foram o principal atractivo para as centenas de pessoas que se deslocaram a Bagueixe

No entanto, o número de exploração tem vindo a decrescer significativamente. Recorde-se que, em 1994, havia cerca de 1400 explorações no solar da raça e agora registam-se, apenas, cerca de 500. Ainda segundo Fernando Sousa, este número deverá diminuir para cerca de 350 até 2013.

Já o número de efectivos mantém-se constante. Se, por um lado, as explorações pequenas e com fracos índices de rentabilidade tendem a fechar, há um aumento do número de explorações com várias dezenas, algumas com mais de uma centena, de animais. Uma das maiores alterações destes encontros são as achegas de bois. Também em Bagueixe os bois defrontaram-se oito vezes, para gáudio das centenas de pessoas que ali se deslocaram.

Os primeiros de cada classe em concurso arrecadaram prémios em dinheiro. O júri foi formado por um elemento da Direcção Regional de Agricultura, um representante do Instituto Politécnico de Bragança e por quatro produtores.



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