No noticiário das 20 horas da passada Quinta feira, dia 23 de Outubro, a RTP 1 fez passar imagens do Bispo de Vila Real , citando o seu nome pessoal, e atribuindo-lhe afirmações inexactas: o Bispo de Vila Real não quer mulheres no altar.

A RTP1 não pediu ao Bispo de Vila Real nenhuma entrevista nem comentário sobre esta temática. Fez uma montagem, aproveitando imagens pessoais antigas e sobrepondo-lhes frases de uma entrevista dada a uma rádio local, manipuladas com um título inexacto e enganando assim todo o País.

O que o Bispo de Vila Real disse àquela rádio foi que não conhecia nenhum documento de Roma sobre essa matéria , e que actualmente as mulheres, jovens e adultas, vêm a exercer com regularidade serviços litúrgicos próprios dos leigos.

O perigo que ele temia pudesse advir dessa presença global , continuou, é de ordem pastoral: como as mulheres parecem mais sensíveis à celebração religiosa e mais prontas em colaborar do que os homens, podem os párocos recorrer habitualmente à sua ajuda, chegando-se ao extremo de na Fabriqueira, na Catequese, no Grupo coral, no arranjo dos Altares, na proclamação das Leituras, no canto do Salmo, na distribuição da Comunhão e no serviço de Acólitos, se encontrar somente mulheres, com o risco do afastamento dos homens, jovens e adolescentes, daqueles serviços.
Isto tem sido dito e repetido em Visitas pastorais, sem qualquer sobressalto.

A leitura desta Nota neste local não esclarece os milhões de telespectadores que a RTP1 enganou, mas desperta os fiéis para o enorme responsabilidade de quem trabalha nos meios de comunicação social, sobretudo quando se trata de serviços públicos.
Temos ouvido órgãos do poder afirmar que a RTP quer prestar aos portugueses um «serviço público» , o que significa, antes de mais nada, verdadeiro.
Ficamos à espera que as pessoas cumpram a promessa.

Secretaria Episcopal de Vila Real, 25 de Outubro de 2003



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