Encerramento dos Conselhos Raianos: "Áreas Protegidas, Cidadania, Desenvolvimento e Cooperação Transfronteiriça" em Bragança entre as 14 e as 20 horas de sábado.

 

É já este sábado, dia 21 de maio, que terá lugar entre as 14 e as 20 horas no Auditório Paulo Quintela em Bragança, o Encerramento dos Conselhos Raianos: Áreas Protegidas, Cidadania, Desenvolvimento e Cooperação Transfronteiriça. Nesta última sessão, serão debatidos os problemas analisados nos encontros anteriores e, espera-se, que sejam aprovadas resoluções que possam contribuir para o estabelecimento de políticas que tenham em conta as populações que residem nos territórios raianos.

“Perante a morte da agricultura e o despovoamento dos espaços rurais, o Movimento DART / Plataforma Rede Ibérica Ocidental para uma Nova Ordenação Raiana (RIONOR) levou a cabo uma série de jornadas que se destinam a dar voz às populações abandonadas à sua sorte e lutar contra o derrotismo”, pode ler-se em comunicado, enviado por email para a redação do Diário de Trás-os-Montes (DTM).

Os Lesados dos parques, na sequência das queixas manifestadas tanto nas sessões em Portugal como na de San Martín de Castañeda, vão apresentar nos Conselhos Raianos de Bragança uma proposta para criar o Conselho de Avaliação da Gestão dos Parques Naturais, destinado  a acabar com o clima de conflitualidade que se está a viver. 

Com o intuito de explicar melhor toda esta situação, o DTM falou com uma das principais vozes da Plataforma RIONOR. “Com os Conselhos queremos essencialmente exercer a cidadania dando voz às populações que não se manifestam e que tanto sofrem com os males do despovoamento. Não somos contra a destruição da natureza e no nosso Movimento queremos que participem todos, como mostra o naipe de oradores que convidámos”, explicou Francisco Alves.

“Infelizmente, os gestores das Áreas Protegidas que estiveram nas sessões de Varge e de Vinhais, não estiveram em Galende e não vão estar em Bragança. Com essa decisão confirmam a razão de ser da maior crítica que lhes fazem que é a de não dialogarem, preocupando-se unicamente em passar as multas que é um resquício da força de uma sociedade autocrática”, continuou o entrevistado, que dar-se-á “por satisfeito se os trabalhos forem participados, vivos, mas sem nunca descerem de nível”, acreditando que “tudo vai correr bem”.

Com um longo percurso de vida no que diz respeito à defesa dos direitos dos invisuais, Francisco Alves liderou o Movimento de Cegos que levou à fusão de três associações de cegos, bem como à constituição da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO), tendo sido, ainda, presidente da Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes durante oito anos. Aposentado atualmente, decidiu dedicar-se à luta contra o despovoamento e o empobrecimento de Trás-os-Montes, terra onde nasceu e onde vinha pelo menos três vezes por ano, durante os quarenta que trabalhou em Lisboa como docente de filosofia.

“Queremos concretizar a gigantesca tarefa de defender um futuro digno para as pessoas que moram e pretendem continuar a morar nos territórios transfronteiriços, contrariar o despovoamento e  aprofundar a convivência raiana”, concluiu o responsável pela Plataforma RIONOR e um dos protagonistas dos Conselhos Raianos.

No encerramento da iniciativa, a Câmara Municipal de Bragança irá oferecer a todos os participantes um jantar volante nos claustros da Biblioteca Municipal Adriano Moreira. Um jantar que será abrilhantado com a música dos Pedra D’Ara, um grupo de interpretação de música popular que nasceu no interior do Coro Brigantino e cujo mentor é Octávio Fernandes.
 

 



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