No regresso do Ártico, Pedro Rego concebeu um livro bilingue "Pólo Norte – O degelo final", em que enfatiza a aventura pessoal, a sua paixão pela fotografia e o risco colocado aos animais perante um cenário de aquecimento global.  

 

Decorreu este sábado, dia 28 de janeiro, no Centro Cultural Municipal Adriano Moreira a apresentação do livro "Pólo Norte – O degelo final", de Pedro Rego.

Perante uma sala lotada de amigos, familiares e interessados num projeto de sensibilidade ecológica levado a cabo durante o último ano, o autor explicou ao público a história por trás das páginas, desde a preparação, à viagem em si, repleta de aventuras no desconhecido, mostrando, também, um documentário em vídeo gravado pelo próprio.

“Hoje é o culminar de toda a experiência que tem vindo a ser feita durante o último ano, um trabalho que foi efetuado relativamente ao degelo do Pólo Norte, ao degelo do Ártico e ao perigo de subsistência do urso polar”, explicou o fotógrafo da vida selvagem, que conseguiu, de alguma forma, resumir toda a sua “experiência do ártico” em 160 imagens distribuídas por 210 páginas com textos escritos em português e inglês. 

“Foi muito difícil o processo de seleção das fotografias das cerca de dez mil imagens recolhidas durante aquele período. É um livro muito mais virado para a fotografia e para a arte visual do que propriamente um livro científico, ainda que tenha uns apontamentos de ordem científica”, analisou Pedro Rego, mas, “acima de tudo”, frisou, “é um relatar da história, é um relatar desta viagem, é um relatar daquilo que foi visto no ártico e daquilo que me foi transmitido em termos de conhecimento pelos cientistas locais e que me acompanharam nesta viagem”.   

Nesta primeira edição, de autor, foram lançados mil exemplares. “Obviamente, esperando que possa haver mais edições”, confessou, esperançado, o outrora docente que deixou o ensino para perseguir um sonho, o sonho da fotografia, trocando o certo pela incerteza, trocando num flash a vida na cidade pela natureza, mas que vê, agora, o atirar de dados e o seu esforço, recompensados.

 

Para potenciais interessados, o livro custa 28 euros, podendo ser adquirido diretamente com o próprio Pedro Rego, através da sua página pessoal do facebook (https://www.facebook.com/profile.php?id=100004819863340&fref=ts). Também o documentário em vídeo poderá ser alugado através da plataforma “Vimeo”.

 

Quanto à viagem em si, Pedro Rego confidenciou ter sido “uma experiência fantástica” e, simultaneamente, “triste”. “Fantástica pois acabei por realizar um sonho, um trabalho que eu tinha projetado e que, no final, correu bem. E triste porque a realidade do Ártico está muito longe daquilo que desejaríamos”, justificou o brigantino, ilustrando a sua afirmação da seguinte forma, “tivemos que navegar mais 200 quilómetros para norte para podermos chegar ao mar congelado e este é só um dos exemplos daquilo que está a acontecer naquela zona do globo e um pouco por todo o mundo, o chamado aquecimento global e o degelo destas zonas polares”.

Já a caminho da sua próxima aventura, o fotógrafo da natureza e da vida selvagem marcou no mapa-mundo o continente africano como o seu próximo destino. Aliás, por esta altura, o autor do livro "Pólo Norte – O degelo final", já se encontrará, muito provavelmente, no imortalizado Serengeti que, na linguagem da tribo guerreira dos Masai, significa “imensas planícies”.   

E entre o Ártico e África, o contraste não poderia ser maior. Terra de leões, leopardos, crocodilos, hienas, gnus, zebras, elefantes e girafas, o desafio para o fotógrafo transmontano será tudo, menos ínfimo. “Vou acampar com um guia durante 12 dias com o objetivo de fazer um novo trabalho, intitulado “This is wild Africa”, em fotografia e vídeo, com os grandes predadores africanos, nomeadamente, o leão, o elefante, a girafa e a chita que são dos animais mais ameaçados neste momento”, antecipou Pedro Rego, depois de ter conseguido fazer da aventura, guiada por causas nobres, o seu peculiar modo de vida.

 


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