O presidente da Câmara de Vila Real fez um balanço positivo do primeiro ano do segundo mandato, afirmando que, "no fundamental”, está a cumprir o programa eleitoral e a consolidar o concelho como o “motor económico” da região.

No âmbito do trabalho desenvolvido pela sua equipa neste ano após a sua reeleição, o socialista Rui Santos destacou a resolução para o inacabado hotel, o projeto de mobilidade com elevadores para transpor desníveis na cidade e a criação de emprego.

Segundo Rui Santos, o “princípio do fim do pesadelo” do edifício do hotel do parque, inacabado há 30 anos e que é uma mancha negra urbanística, marcou este ano.

O edifício foi vendido em leilão e, segundo o autarca, dentro de “dois meses” iniciar-se-ão trabalhos, não relevando, no entanto, qual o projeto para a estrutura.

O presidente elencou também o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), num investimento global de 17,2 milhões de euros, que quer melhorar a mobilidade na cidade.

Neste âmbito, frisou a instalação de meios mecânicos, designadamente elevadores, que vão ajudar a vencer desníveis e tornar a cidade de Vila Real “mais inclusiva e acessível para todos”.

Os elevadores, cujo investimento ronda os 800 mil euros e deverão estar operacionais em 2019, vão ligar o bairro dos Ferreiros até à ponte metálica e a avenida Almeida Lucena e o Pioledo.

O autarca destacou também a requalificação da principal avenida de Vila Real, a Carvalho Araújo, cuja intervenção deverá arrancar no primeiro trimestre do próximo ano e referiu que, até ao final de 2018, estará em obra a zona da estação.

A estes projetos, Rui Santos acrescentou a construção do Centro de Proteção Civil e beneficiação do aeródromo, a ampliação da rede saneamento no concelho e o projeto de 900 mil euros para a promoção do sucesso escolar.

Para manter, sublinhou, é ainda a aposta no Circuito Internacional de Vila Real.

Rui Santos salientou a criação de cerca de mil postos de trabalho, em sequência das empresas e hospitais que se instalaram no concelho, e referiu que o “programa de incentivos”, implementado pelo município, tem “ajudado na atração de Vila Real”.

Na área da economia sublinhou ainda os projetos para a construção do pavilhão de acolhimento e a nova zona empresarial.

Por sua vez, António Carvalho, vereador da oposição eleito pelo PSD, criticou a gestão do “dia a dia” da equipa de Rui Santos, considerando que, “do ponto de vista estrutural, não está a ser feito nada”.

“Este ano não foi diferente do que foram os quatro anos do primeiro mandato. Sem dúvida nenhuma que é gerir o dia a dia, resolver os problemas do dia a dia, é fazer uma gestão casuística e nada de concreto do ponto de vista estrutural”, afirmou à Lusa.

Na sua opinião, há em Vila Real uma “falta de estratégia” para que este seja “um concelho com atratividade” e o que se vê “é uma política de namoro a tudo o que são as associações, as entidades que de alguma maneira podem dar votos”.

António Carvalho considerou que a falta de estratégia se reflete, por exemplo, nos problemas do trânsito ou no “caos” devido à falta de estacionamento, que antevê para o centro da cidade depois da abertura do hospital e da loja do cidadão.

Em outubro de 2017, o PS foi reconquistou a Câmara de Vila Real, reforçando o poder com sete mandatos, contra os dois conquistados pelo PSD.

Os socialistas obtiveram 64,40% dos votos e conseguiram mais dois mandatos comparativamente com as eleições anteriores, os mesmos mandatos que o PSD perdeu. Os sociais-democratas obtiveram 25,37% dos votos.



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