Investimento resulta de duas candidaturas a fundos comunitários com o objectivo de promover a despoluição do rio.

A Câmara de Vila Real anunciou esta quinta-feira um investimento global de 18,7 milhões de euros, a concluir até 2019, para ampliar a rede de saneamento do concelho e promover a despoluição da bacia do rio Corgo. O presidente do município, o socialista Rui Santos, disse, em conferência de imprensa, que se trata de "um importante investimento" que vai permitir aumentar a taxa de cobertura de saneamento para os 82 a 83% e, ao mesmo tempo, "resolver um problema ambiental".

O investimento global a aplicar é de 18,7 milhões de euros, algum do qual já está em curso desde 2015 e numa operação que se prolongará até 2019. Este valor resulta de duas candidaturas a fundos comunitários que se unem no objectivo de promover a despoluição do rio Corgo. A primeira candidatura, no valor de 11 milhões de euros, já está a ser concretizada e abrange 12 freguesias do concelho e 31 lugares.

Esta quinta-feira, o município anunciou uma segunda operação, no valor de 7,6 milhões de euros, que abrange as aldeias do vale da Campeã, numa área correspondente a duas freguesias e 17 lugares, onde residem 1722 pessoas. Este valor inclui o investimento nos emissários da água em alta, de cerca de 1,6 milhões de euros e que serão custeados pela empresa Águas do Norte.

O projecto da Campeã consiste na execução da rede pública de drenagem de águas residuais e reabilitação da rede de água potável e prevê a construção de quatro estações elevatórias. Durante o período de obra e fiscalização, prevê-se a criação de 80 postos de trabalho. A intervenção deverá ser consignada no final do primeiro semestre de 2017.

Rui Santos referiu que, não dispondo de redes drenagem de águas residuais, as populações recorrem à utilização de fossas individuais, geradoras de escorrências e infiltrações, contaminando solos, linhas de água e lençóis freáticos. Em muitas situações, acrescentou, a escorrência está a ser feita a céu aberto para valetas ou valas naturais, o que constitui um risco acrescido para a saúde pública e também para os recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Agora, segundo o autarca, "esta operação vai contribuir de forma decisiva para a resolução" destes problemas ambientais e promover a "despoluição da bacia do rio Corgo".

O presidente aproveitou também para anunciar uma descida de 2% na factura da água a partir de 2017. "Em quatro anos baixamos 10% em valor absoluto na factura da água e ainda incorporamos o valor da inflação", sublinhou. A descida da factura da água foi uma promessa eleitoral de Rui Santos, eleito em 2013, depois de durante anos, enquanto oposição, ter denunciado que Vila Real tinha das facturas de água mais caras do país.



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