Henrique Ferreira

Henrique Ferreira

Alternância com estabilidade

Todos fazem leituras dos resultados das presidenciais de ontem, 24 de Janeiro de 2016. Cada um fá-lo com o seu saber e a sua cultura. Aqui fica a minha interpretação.

Marcelo ganhou por três razões principais: 1) era o mais conhecido; 2) os portugueses não gostam de colocar os ovos no mesmo cesto, isto é, não querem um governo e um presidente da mesma cor política;  e 3) o PS desistiu das eleições. É simples.

No mais, registo a derrota da Esquerda, se é que ela ainda existe, a consolidação do Bloco de Esquerda, a decadência do Partido Comunista, o colapso de Maria de Belém ou o apego ao poder, e o fenómeno Porfírio Silva (Tino de Rans), em quem os mais lídimos socialistas depositaram o seu voto.

Marcelo, com 52% e 2,412 milhões de votos,deixou Nóvoa, com 1,060 milhões, a grande distância. Dos outros, apenas Marisa Matias, do BE, tem uma votação de registo (460.000 votos). A abstenção foi de 51,5%, uma pequema vitória destas presidenciais.


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