Batista Jerónimo
Ano Novo Vida Nova?
O novo ano de 2024 vai começar e no plano internacional as guerras não têm fim à vista e no plano interno vamos conviver com a instabilidade advinda de eleições para o Governo Regional dos Açores, Legislativas, Europeias e talvez outras Legislativas.
No Circulo Eleitoral de Bragança, podem acontecer três cenários. O PS manter o dobro dos Deputados do PSD. Inverter com o PSD a ganhar ou, ainda o PS, PSD e Chega eleger cada um seu deputado, dos três disponíveis. O Chega só elege se a irresponsabilidade PS/PSD imperar.
O PS elege dois, pela certa, com a mesma lista de 2021 refrescada (equipa ganhadora não se altera) e retocada, embora uma das duas mulheres com notoriedade no Distrito acrescente valor, tal como algum autarca, caso seja necessário. Sair desta lista é entregar o “ouro ao bandido”, ou seja perder um deputado e, até pode ver o Chega ter mais votos se o princípio de Peter se vier a manifestar.
O PSD, pelo que veio a público da hierarquização da sua lista candidata, não podia contribuir mais para um resultado excelente do PS (até do Chega), caso se verifique o exposto no parágrafo anterior. As escolhas do PSD, a confirmar-se a lista ventilada, só pode perspectivar uma votação desastrosa levando em conta que quem não consegue colocar Bragança no patamar que lhe é devido chefiando um órgão executivo é impossível que o consiga num órgão deliberativo. Bragança vai com dez anos de marasmo. Queremos premiar esta oportunidade desperdiçada? O que se observa dos mais de 500 000 000 € gastos ao invés de investidos? Esperemos que a justiça seja célere e impeça, pela força da lei, o absurdo.
O Chega, partido democrático, interventivo, necessário nem que mais não seja para agitar águas, neste momento, está a esfregar as mãos de contente e a sonhar com um deputado caso o PS e PSD percam juízo.
Esperemos que impere o bom senso e o PSD/CDS apresente os melhores, que os tem, e o PS não perca juízo e não invente.
No plano Nacional, nas próximas legislativas de dez de Março, vamos escolher entre a continuação do aumento do salário mínimo e médio, das pensões, garantia do Estado Social, reforço do SNS, do desemprego a baixar, as condições de trabalho dos jovens a valorizar com a eleição de Pedro Nuno Santos, o Homem que não quer “arrasta os pés” e quer executar. Sim, tem o querer da decisão. Por ele tinha terminado a telenovela que dura há cinquenta anos do novo aeroporto, da TAP a dar prejuízo, da falta de habitação, da ferrovia a ser adiada, do poder da ANA gerir em exclusivo os aeroportos por cinquenta anos, entre outras decisões que são imperativas para o Estado continuar a ser adaptativo, congregador, inclusivo, moderno e em que as pessoas sejam mais que números. Ser um Portugal inteiro. Fica a nota: com regionalização na actual geografia das CCDR!
Com hipóteses de formar Governo temos o Luís Montenegro, ainda perdido, com ideias controversas, a tentar, como se possível fosse, agradar à ideologia liberal e, ao mesmo tempo apregoar a social-democracia. Na verdade, há que lhe reconhecer a visão de que o PSD não tem quadros que garantam a confiança do voto dos portugueses, daí que, tivesse recorrido ao defunto CDS e aos ressabiados independentes.
André Ventura, aspirante a Ministro, inteligente ao extrapolar o resultado eleitoral dos integrantes da geringonça em 2021, ou não dá apoio parlamentar. Este aglomerado de dissidentes de vários partidos vai continuar a merecer o voto dos contestatários contra o sistema e daqueles do “bota-abaixo” num País que é necessário construir.
Baptista Jerónimo, 29/12/23