Paulo Fidalgo

Paulo Fidalgo

Bordalices pequeno-burguesas

Parece que há criaturas em pânico e desvario com a sobreocupação do espaço lisboeta por jovens católicos vindos de meio Mundo para conhecer a capital portuguesa e participar nas Jornadas Mundiais da Juventude.

Hoje de manhã fui levar à Igreja de Fátima as 6 cachopas sul coreanas que estão alojadas em minha casa e pude constatar que as ruas desertas de Lisboa indiciam que muita gente fugiu com medo do Papa.

Acho mal que tenham fugido do Papa e da Juventude, porque cabíamos cá todos - os que residem, os que trabalham e aqueles que visitam a nossa terra.

Só um enormíssimo défice de Mundo e uma falta de cultura cosmopolita - tão alardeada em posts narcísicos de Instagram e Facebook - pode levar alguém a fugir de um evento internacional, pacífico, bem organizado e habitado por pessoas jovens e bem motivadas.

Será que os que fugiram de Lisboa são os mesmos que habitualmente se acotovelam nessa série vertiginosa de concertos, festivais e festarolas que transformam o verão português num corrupio de alegrias obrigatórias e mais ou menos poeirentas e pouco ou nada significantes?

Francamente, se a parvoíce pagasse imposto talvez fosse possível baixar o IRS dos cidadãos normais, porque não há pachorra para a ignorância disfarçada de opinião e para a incultura transformada em preconceito.

E quanto às bordalices que encheram episodicamente os Media serviram ao menos para sublinhar que os alegados artistas plásticos ativistas das suas próprias causas não passam de assalariados do sistema público de rendimento e conforto, vulgarmente conhecidos como tachos do Estado.

Fiquei pasmado com a fama e o proveito que o incógnito ativista já conseguiu tirar do seu correto alinhamento partidário!!! Não há dúvida de que é mais eficaz cair em graça do que ser engraçado.

Habemus paciência...


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