Batista Jerónimo
Bragança: o meu contributo
Nestas eleições autárquicas vamos escolher entre, a continuação (PSD), ou a eleição dos candidatos do PS, depois de 24 anos na oposição, isto sem querer tirar o direito próprio a outras candidaturas a hipótese académica de virem a ser poder.
As listas são conhecidas a do PSD sem alterações nos lugares elegíveis, logo com as mesmas pessoas (sem fazer juízos de valor), com o mesmo chefe, não podemos esperar resultados diferentes. Agrava esta expectativa ou a falta dela, não só o histórico como a de se candidatarem ao 3º mandato, que na generalidade acumula o imobilismo, os comportamentos desviantes condenáveis e principalmente a falta de motivação.
A candidatura do PS, surpreendeu com candidatos caracterizados por ausência de envolvimento em causas públicas, de discussões ou tomadas de posição sobre o Concelho. Uma mescla de juventude e veterania, sem reconhecimento de “valor” na sua capacidade de intervenção, ou de gestão, o que não é mau, porque a estas características estão associadas a falta de evidência de vícios perniciosos aos cargos públicos. Poderia, era possível e desejável, dar mais crédito às listas, mas todos sabemos que os partidos políticos são reféns de uma ou duas pessoas e, neste pressuposto, é necessário acautelar as eleições internas futuras, dando um prato de lentilhas aos seus indefensáveis seguidores.
Outros candidatos a candidatos dos dois partidos, melhor posicionados e de créditos reconhecidos, almejados que poderiam devolver a esperança de um futuro a Bragança, ficaram pelo caminho, foram arredados, impossibilitados de se candidatar.
Então, temos de entregar o destino da autarquia a uma destas duas candidaturas, ou estamos satisfeitos e votamos no PSD, ou damos o benefício da dúvida e votamos PS. Importante é não deixarmos a decisão aos outros, por isso é necessário votarmos. Votar é fazer escolhas a pensar em nós e nos nossos filhos.
Fica o meu contributo para a campanha eleitoral do que gostava de ver na agenda dos candidatos à Autarquia de Bragança com comprometimento:
- Zona Industrial com lotes à dimensão das necessidades dos Investidores
- Vila (Castelo e Domus) candidata a Património Material da UNESCO
- Turismo: Promover o Património Arquitectónico, Religioso, Paisagístico e Gastronómico.
- Reabilitar e conciliar a Praça da Sé, Rua da República, Jardim António José de Almeida, Polis e a Praça de Camões (esta, objecto de uma consulta pública para ser dada a melhor utilização, voltar a ser o Mercado Municipal, moderno e uma referencia como são os de algumas cidades Europeias?).
- Agricultura: Declaração de calamidade para as várias doenças do Castanheiro
- Criar o Parque da Cidade desde Castro de Avelãs ao Sabor, com despoluição do Fervença, Sabor e intervenção na ETAR, terminar o saneamento na Cidade e Aldeias com colocação de ETAR´s
- Infantários e Jardins-de-infância gratuitos.
- Museu da Língua Portuguesa, a ser para construir, depois de rever o local, não pode ser só o Município a assumir o investimento. A Fundação Calouste Gulbenkian contribuiu para o do Brasil, também esta, tem obrigação de participar e o Ministério da Cultura não pode ficar à margem.
- Política Desportiva efectiva
- Mais e Melhor parceria entre a CMB e IPB - o futuro está, e sempre estará, no conhecimento.
Nota: é fundamental o próximo executivo criar um mecanismo para pagar dívida, na ordem de 17 000 000€ às Águas do Portugal e Braga Parque, dado que a condenação pelo Tribunal é esperada.
Bragança ou apresenta bons projectos ou então só a acção “divina” nos pode valer.
Bragança, 10/08/2021
Baptista Jerónimo