Luis Ferreira

Luis Ferreira

Continente condenado

Disse Malreaux, no século passado, que “politicamente, a unidade da Europa é uma utopia. Seria preciso um inimigo comum para a unidade política da Europa e o único inimigo comum que existe é o Islão”.

Não é uma afirmação de agora, nem deste século, mas possivelmente continua a ter razão. Os últimos acontecimentos que se têm verificado na Europa, demonstram que há necessidade de uma unidade que está a falhar em toda a linha.

A questão dos migrantes, que são na sua grande maioria muçulmanos ou de religião muçulmana e que estão a invadir a Europa, fugindo das atrocidades que os seus irmãos cometem, não estão a gerar a unidade que eles esperavam e a que muitos países preconizavam.

Os últimos acontecimentos que tiveram lugar em Bruxelas, nada tendo a ver com a questão das migrações, estão relacionadas com a religião islâmica e com uma tendência de dominação que está subjacente ao ideário das mentes retorcidas de quem retorce a sua própria religião.

A este propósito, referia Condorcet, no século XVIII, que“ a religião de Maomé condena a uma escravatura eterna e a uma incurável estupidez toda esta vasta porção de terra onde ela estendeu o seu império”. Não sei se a estupidez alastra pela Europa dentro ou se fica somente no tal império que Condorcet referia, mas a verdade é que não conseguimos vislumbrar as razões sensatamente plausíveis que permitam a um muçulmano fazer-se explodir em nome de Maomé ou de Alá. Isto, nada tem de sensato!

Seja como for, a verdade é que em nome de um deus menor !! ou será o mesmo Deus ?, as mortes sucedem-se um pouco por todo o lado acompanhadas de ameaças de dominação e conquista de uma Europa que nunca lhes pertenceu. É curioso que o Corão defende a paz e abomina a guerra e a sujeição, mas é em nome deste Corão que eles produzem as maiores atrocidades. Como se compreende isto?

A explicação, se assim lhe quisermos chamar, está no que disse Chateaubriand há dois séculos atrás quando afirmou que “todos os germes de destruição social estão na religião de Maomé”. Será que já naquele tempo ele se apercebia disso? Destruição e maldade contra a humanidade de que eles também fazem parte.

Ouvimos todos os dias nos meios de comunicação social falar do proclamado estado islâmico para perceber que, embora não tendo muitos meios, nem muita força, conseguem aterrorizar uma Europa que se está a ajoelhar a seus pés, tremendo de medo e vivendo em constante sobressalto. Desde Espanha a Bruxelas, passando por França, toda a Europa parece condenada a esta ameaça abominável, levada a cabo por meia dúzia de suicidas que pensam que o seu “morrer” é diferente do dos outros e que a promessa de leite, mel e muitas mulheres, está para ser cumprida com a sua chegada ao mundo que está do lado de lá do seu próprio muro.

A falta de unidade desta Europa ajoelhada é urgente e necessária. Malreaux tinha razão e continua a ter passados tantos anos. O curioso é que ao longo dos séculos já muitos se aperceberam das verdades que tanto Condorcet como Chateaubriand proclamaram no seu tempo e até hoje nada fizeram acreditando, talvez, na boa vontade do ser humano, seja ele muçulmano ou não. Talvez. Mas é facto que estas ações em plena Europa, em vez de a unir, estão a dividi-la, a amedrontá-la e a impedir a sua união, porque isso implica guerra imediata e a Europa não quer viver mais guerras. Já teve muitas e saiu sempre a perder. Será que perde mais esta?

O que se está a verificar até agora é que as batalhas têm sido ganhas pelos muçulmanos e jhiadistas e a Europa vai tentando apanhar o que sobeja dos despojos que para trás vão ficando. Temos vindo a apanhar os destroços. Será que estamos num continente condenado a viver amedrontado?


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