Batista Jerónimo
Depois da vindima vem o lavar dos cestos III
No anterior artigo, deixei a pergunta, ao(s) futuro(s) candidato(s) a Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista, simples, objectiva e de vital importância: tenho condições de propor candidatos ganhadores à Câmara e a todas as Juntas de Freguesia do concelho?
Marcadas as eleições para as Concelhias do PS (31/01 e pagamento de quotas até dia 16 do corrente mês), voltamos ao assunto, como foi prometido, no sentido de ajudar a responder à pergunta.
Sem juízos de valor sobre os putativos candidatos, mas preferencialmente estes, deveriam ser portadores de independência, capacidade de decisão, formação humana e política, dominar os saberes: Saber-Saber (conhecimento), Saber-Estar/Ser (Comportamento/Atitude),Saber-Fazer (Competências técnicas) e conhecer bem o Concelho e fundamentalmente serem reconhecidos no PS e na população para conseguir cativar, para o projecto os melhores Bragançanos. Conseguir criar uma equipa abrangente, inclusiva e com os melhores dos melhores. Se portador de confiança, melhor seria que incorporasse elementos das quatro facções, não para ganhar a Concelhia, mas para desenvolver o trabalho sem “areias na engrenagem” e poder exercer o mandato em franca paz e harmonia. Saber que o objectivo maior, é o superior interesse do Concelho e dos seus habitantes, logo tem a obrigação de ganhar a Câmara Municipal de Bragança (CMB) e a maior quantidade de Juntas de Freguesias, possível. Bragança está num marasmo há demasiados anos e refém de uma família partidária há vinte e quatro anos: demasiado tempo, não pelo tempo, mas pelas políticas devassadoras para o bom nome e das opções políticas. O Concelho se por ventura não sair desta asfixia ditatorial, deste círculo vicioso, decadência, de gastos exacerbados no cultivo da imagem, de caça ao voto, por indivíduos sem ideias, sem visão que mais não almejam que o ciclo eleitoral para a sua perpetuação no poder, pelo poder, pode não ter a resiliência necessária pois, entre outras coisas, não podemos ficar fora do Portugal 2030 como ficamos do Portugal 2020.
O próximo poder autárquico, tem de ter a capacidade de sensibilizar e conseguir dialogar com o governo, não basta teorizar sobre assimetrias, coesão, desenvolvimento e os anos passarem e não se conseguir ter uma voz, um objectivo uma reivindicação capaz de expor as necessidades reais e concretizáveis aos senhores que decidem. A vitimização e queixas ao Governo Central de tudo passar ao lado é característica dos fracos.
Os candidatos, têm de honrar as promessas eleitorais, serem transmontanos no compromisso, na honestidade, no exercício da função. Os recursos da CMB tem de se traduzir em investimentos úteis, de retorno garantido e datas de execução reais pois, do “navegar à vista” só confunde e descredibiliza, esta forma de governar é para os incompetentes e irresponsáveis.
Os candidatos com passado, fica mais fácil credibilizar o projecto que venham a apresentar, é elementar que sejam homens de bem, identificados como impolutos, de verticalidade, de obra feita, para os eleitores poderem acreditar e confiar, sendo que, os actuais responsáveis autarcas já mostraram do que são capazes, vinte e quatro anos é muito ano, então, a mudança só pode ser para melhor: “quem muda, Deus ajuda”.
Ganhar as autárquicas é uma obrigatoriedade, não pelo PS, mas por Bragança, pelo Concelho, pelo Distrito e Região. O candidato a presidente da CMB tem de saber e querer fazer pontes com os congéneres regionais, ser respeitado pelos seus pares, ser catalisador e criar sinergias para a Região falar a uma só voz, com objectivos comuns. Incorporar que ninguém rivaliza com Bragança mas, todos têm de se complementar.
Dar atenção à Juventude Socialista é precaver o futuro, é confrangedora a situação actual e que se vem deteriorando. Como foi possível chegar à situação relatada pelo Presidente da JS eleito? SEM JOVENS NÃO TEMOS FUTURO.
Esperam-se eleições limpas, que os candidatos concorram em igualdade, livres, sem pressões nem condicionalismos, para a legitimidade ser absoluta e, depois de haver concelhia, todos são poucos para repor Bragança no patamar de onde nunca devia ter saído:
SIGAMOS OS PASSOS DAS DIRECÇÕES DO IPB E OS PAIS DE BRAGANÇA VÃO VOLTAR A VER OS FILHOS REGRESSAREM À TERRA QUE LHE PODE PROPORCIONAR UM FUTURO.
NOTA: O ano passado a Concelhia do PS promoveu um jantar de Natal, o que levou esta estrutura a não o fazer acontecer este ano?
Bragança, 3 de Janeiro de 2020
Baptista Jerónimo