Batista Jerónimo

Batista Jerónimo

Doze medidas para um programa eleitoral

Neste momento que todos os partidos, numa atitude democrática recolhem ideias para os seus programas eleitorais junto dos seus simpatizantes, militantes e “independentes”, também como noutras alturas, não quis deixar de participar.

Numa atitude de cidadania e militante deixo o meu contributo, em que algumas delas as fiz chegar ao PS.

Tudo seria fácil se houvesse coragem para alterar, para ousar, para simplesmente governar. Mas, difícil é cortar as amarras aos interesses instalados.

Todos os partidos reclamam, como prioridade, o combate à corrupção, ao nepotismo, a políticas que promovam o regresso, a fixação e cativação dos jovens e nenhum apresenta medidas objectivas.

Em doze pontos aquilo que eu acho prioritário e importante que nos levariam a um País melhor:

1. Revisão da constituição;

i) Alterar o ónus da prova na corrupção, enriquecimento ilícito, sinais exteriores de riqueza e crimes de “colarinho branco”

ii) Mandato de cinco anos, com uma única recandidatura para PR, PM e Autarcas.

iii) Alteração à lei eleitoral para a AR (distribuição de Deputados) e Autarquias (Presidente de Câmara o mais votado na lista para a AM). Ver, https://www.facebook.com/calculoce

2. Candidatos às Autárquicas a obrigatoriedade de residência no Concelho.

3. Lei orgânica do SNS o que é público, privado e social e como devem conviver. Sempre no pressuposto da complementaridade e nunca na substituição do SNS.

4. Justiça mais célere (extinguir os recursos de “forma” e rever os prazos processuais e de prescrição)

5. Política salarial (pública e privada) ao fim de três anos o salário de qualquer empregado ser 50% superior ao salário mínimo, com actualizações anuais iguais ou superior à inflação estimada)

6. Idade individual da reforma quando perfeitos os 40 anos de descontos para a SS nas profissões de não curta duração.

7. IRS e IRC: temos demasiados instrumentos de abatimentos, reduzir estes ao importante utilizado e baixar estes para a média de percentagem aplicada. IMI extingui-lo por ser estúpido e entrave ao investimento.

8. Harmonizar e decidir se continuamos a ter Distritos ou CIM’s, as duas é confusão, ficando as 1.ªs a figura do Governador Civil deve recuperar-se exclusivamente para intermediário ao governo 

9. Ensino: Diferenciação do papel das universidades e dos politécnicos e não se sobreporem. 

10. Rever o financiamento das autarquias, as necessidades não são as mesmas de alguns anos atrás (água canalizada, saneamento, estradas, arruamentos, …), sobra-lhes muito para a “compra de votos”.

11. Políticas objectivas e eficazes para a coesão territorial, as actuais (ainda) não atingiram o objectivo.

12. Políticas de retenção, regresso e captação para Jovens levando em atenção que eles não são só o futuro, são o presente.

13. Definir, controlar e fiscalizar melhor a política da imigração, se é verdade que necessitamos dos emigrantes, (veja-se quem trabalha na restauração), também não é menos verdade, que impede aumentar os vencimentos destes profissionais, dado o valor do custo da substituição.

Estas, e ouras, medidas são necessárias para garantir a democracia, o normal funcionamento das instituições (estarem ao serviço do povo) e restabelecer a confiança nas políticas, se ainda for possível.

Baptista Jerónimo, 07//02/24



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