Batista Jerónimo
E, se cooperássemos?
Está a ser difícil lidar com o COVID-19, na minha opinião porque temos três “segmentos” de indivíduos.
Os Incrédulos ou irrealistas, ainda em estágio de negação, que só se vão manter neste estágio, até que o COVID-19 chegue aos próprios ou, um Familiar seja infectado pelo Vírus – Coronavirus- SARS-COV-2.
Os Religiosos independentemente do credo, nestes nada a fazer, entendem a pandemia como um castigo dos Deuses e enquanto os “pecadores” não penitenciarem e serem perdoados pelo “seu” Deus o Coronavírus vai fazer justiça (castigar).
Os responsáveis que levam as orientações das organizações de saúde em conta desde a OMS, DGS e Governantes.
E, é só neste último grupo que os governantes e dirigentes da saúde podem actuar, com alertas, orientações e recomendações (os outros dois grupos não vão aceitar regras, procedimentos ou, orientações, mas só leis).
Os dirigentes da saúde e governantes por desconhecimento, sem certezas ou porque a única certeza é a incerteza, têm andado um pouco desnorteados, dão um passo em frente e dois para o lado e, até um para trás (dança do tango) e a pergunta é, haveria outra forma que não a adaptação? Que, com os conhecimentos adquiridos introduzir melhorias? No estádio de pandemia não se deve decidir? Mesmo que seja para contrariar as decisões anteriores?
Claro que, o que nós gostávamos era de PREVENÇÃO! E como? Como podemos prever sobre o desconhecido?
Posto isto, recomenda-se que o seguir e respeitar as orientações emanadas dos responsáveis, é a melhor opção.
Nos governantes seja a nível Local, Nacional ou Mundial temos os Decisores, Seguidores e os Imobilistas ou que só sabem reagir tardiamente.
Assim, os Imobilistas ou que só sabem reagir, vão sempre atrás do prejuízo, chegam sempre tarde, são medrosos, irresponsáveis e calculistas pelo objectivo primeiro de capitalização de votos.
Os Seguidores, na geralmente são acéfalos, cobardes, calculistas, sem iniciativa e estão no local errado, não tem características para ser lidere.
Valha-nos os responsáveis que são corajosos, audazes, preferem ser criticados pela acção e nunca pela inacção, respeitam as orientações, introduzem melhorias, adaptam-nas a sua realidade, geralmente estão uns passos à frente e os danos comummente são controlados.
Chegados aqui e perante estes traços de personalidades o que é que os governantes podem fazer?. Leis? Que a tradição não aconselha que devam ser feitas no imediato ou para responder a uma situação?
Recomendações onde temos de seguida os contestatários? Os que afirmam que está mal, mas não conseguem dizer como ficava bem (está mal porque está mal).
Aparecem os legalistas e os constitucionalistas (com toda a propriedade), a alertar que estamos perante uma ilegalidade?
Sabemos (até agora) que o Covid-19 não é letal. Morre-se com COVID e não se morre de Covid-19, podemos dizer que é um antecipador da morte? Que é cobarde, pois escolhe os mais débeis?
Certo, não é tão letal como outros são e já foram, citando alguns: SIDA; Ébola; Raiva; Varíola; Dengue e a GRIPE, o última, nossa companheira sazonal que em 2019 estima-se que tivessem morrido 650 000 pessoas no mundo. Só em Portugal esta, terá morto no Inverno de 2018/2019 - 3 331 e no inverno de 2017/2018 - 3 700 portugueses.
O SNS não é elástico, temos de travar o contágio sem confinamento, pelo que, devemos seguir as orientações emanadas de quem tem obrigação de saber (e sabe) mais do que o cidadão comum.
Bragança, 23/10/2020
Baptista Jerónimo