Chrys Chrystello

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Fim à discriminação, a gramática é sexista

 

No seio dos colóquios da lusofonia veio, recentemente,  à baila um problema mais premente que a fome no mundo ou a falta de água e de literacia mundiais, a discriminação da gramática. Aliás este tema vai adiantado nalgumas universidades brasileiras e norte-americanas que pretendem criar novos paradigmas como “todes” substituindo todos e todas ou sóci@s (para distinguir entre sócios e sócias) e os 29 géneros (ou mais) que dizem existir.

Antes de mais, devo dizer que me compadeço daqueles que se identificam com um coador de esparguete na cabeça e ficam frustrados por não poderem tirar a foto no Registo Civil com o coador de massa na cabeça (autodenominam-se “pastafarian”. Esse despojar da identidade que só os estados fascistas praticam torna a pessoa identificada com o coador noutra identidade, igual a tantos outros que por esse mundo habitam. Embora nalguns locais seja permitido como se vê nas imagens abaixo….

E há o problema dos que acreditam na reincarnação e sabendo que voltarão como barata ou formiga se pretendem identificar desse modo, sem que os estados fascistas o permitam.

Lembro que em 2006 no 5º colóquio da lusofonia na Ribeira Grande, dois oradores presentes (Valadão Serpa e Graça Castanho) defendiam com ênfase o fim da discriminação gramatical. Foi aí que aprendi com os dois grandes mestres, nossos patronos MALACA CASTELEIRO E EVANILDO BECHARA que a gramática não era sexista: TODOS abarca já todos e todas, pelo que era desnecessário e redundante dizer “Portugueses e Portuguesas” ou “Açorianos e Açorianas”. A Gramática conhece apenas dois géneros, o masculino e o feminino….

A partir de então dei o assunto como encerrado e apenas prometo revisitá-lo, se numa próxima reincarnação eu surgir como outra coisa qualquer de género não incluído naqueles dois.

Claro que a sociedade do politicamente correto em que vegetamos atualmente, nos irá convencer da necessidade de aceitar esses 29 géneros, ou mais, e irá purificar a linguagem desses anacronismo de dois géneros, mas como velho e casmurro que sou, continuarei a honrar a memória e o saber dos nossos patronos recusando essa Novilíngua.

Para os outros há sempre a hipótese habitual de deitar abaixo umas estátuas, queimar uns livros, fazer uma fogueira da Santa Inquisição ou outro meio qualquer de purificar a sociedade doente em que vivem.

   

Chrys Chrystello, Jornalista, Membro Honorário Vitalício nº 297713

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