Batista Jerónimo
IPB: O Presidente devia levar em conta a lei de Murphy
Orlando Rodrigues, Presidente do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), pronunciou-se que mediante a pandemia, originada pelo covid-19, “…já está à espera que haja menos alunos”; “A nossa perspectiva é que a perda seja transversal tanto a alunos nacionais como internacionais”; “…originará menos alunos em função da crise”. Atitude passiva e acomodada, foi a mensagem que passou. Os transmontanos sempre se confrontaram com supostas fatalidades e sempre as contrariaram.
Sabe o Presidente desta instituição que, se esta tiver uma constipação, Bragança terá uma pneumonia. Sabe também da importância para a economia local e regional. Sabe ainda que, o IPB cresceu pela dinâmica que ele ajudou a implementar e, que agora é-lhe exigido uma actuação objectiva na captação de alunos e que esta depende muito do seu envolvimento, do reforço e inovação nas estratégias, da promoção e de saber vender muito bem Portugal, a Região, a Cidade e a Instituição que, nele acreditou e que para a defender e manter a sua notoriedade, qualidade merecida diga-se, reconhecida aqui e além-fronteiras, o elegeu.
As suas palavras, possivelmente descontextualizadas, não vêm contribuir para a confiança da retoma da economia da cidade e região, também não se pretende, irresponsabilidade e dizer que vai haver um aumento significativo de alunos. Mas, dizer que no próximo ano vai exigir da comunidade do IPB, das forças vivas da Cidade e da Direcção em particular, um grande empenhamento no recrutamento de alunos nas geografias possíveis, para não deixar que a crise afecte a procura do IPB por parte de alunos.
Quem costuma ter um discurso de baixar as perspectivas para acomodar as (possíveis baixas) expectativas são os politiqueiros o que não fica bem ao Presidente do IPB, a par dos dois Presidentes anteriores, reconhecidos como homens de responsabilidade, visão, esforçados em que as barreiras são um desafio a ultrapassar.
Numas contas “grosseiras” podemos aventar mais de 100 000 000 € que nos últimos anos entraram em Bragança, por ano, no movimento do somatório de 9 000 alunos; 300 docente e 300 auxiliares.
Os cidadãos de Bragança que, sempre acarinharam a Instituição no seu todo, esperam uma atitude inconformada e activa para contrariar as perspectivas infundadas e não desejadas.
Então, para as expectativas serem muito melhores do que as perspectivas deveriam os responsáveis trabalhar já em vários campos e sintetizados numa publicação apelativa e de fácil assimilação.
Assim, deveria começar por contextualizar a informação e fazer referencia a Portugal, nacionalidade de Figuras Mundiais nos vários Domínios; utilizar a imagem de figuras conhecidas Mundialmente no Desporto, Cultura, Cinema, Ciência, Literatura; as virtudes de aprender a Língua Portuguesa, a mais falada no Hemisfério Sul e uma das mais faladas no Mundo; depois podia passar pela Caracterização da cidade; de seguida o Campus IPB e a Oferta formativa Ensino Superior (licenciaturas e Mestrados) e os complementos de Outras ofertas formativas; a ser possível propor ofertas Financeiras; realçar o adaptado funcionamento operativo; para terminar reforçar e justificar porque a opção de estudar deve ser o IPB; lembrar a importância que a comunidade não estudantil dá à comunidade estudantil e a forma como convive bem com as minorias, várias raças e credos; Não esquecer de seleccionar com critério como, onde e que meios utilizar par publicitar e atingir o target desejado.
Nota: sabendo que parte destas acções estão a ser utilizadas, o meu possível contributo é, só mesmo, no sentido de manifestar e exteriorizar o quanto a Cidade é refém desta Instituição e da qual as forças vivas não se podem alhear e também elas darem o seu empenhado contributo.
Bragança, 14/05/2020
Baptista Jerónimo