No meu entendimento e na minha razão de militância num partido político, foi sempre no pressuposto de defender o que ambiciono para uma sociedade justa e que valorize os competentes. Seja a nível local ou nível nacional. Então, os partidos políticos são o instrumento, indispensável, para concretizar esse objectivo. Não é assim para todos os cidadãos, nem tem que ser, a ser, ponhamos em causa a democracia, se é condenável que assim não seja, claro que é. Mas os partidos, além de serem o garante da democracia, também são a oportunidade de sobrevivência e o meio para outros conquistarem poder económico e de influência que inevitavelmente, neste propósito, são perniciosos à democracia. A nossa democracia, teve início no longínquo 25 de Abril de 1974. Deram-se passos importantes e necessários, mas ainda temos um longo e sinuoso trilho a vencer, para nos podermos emparelhar aos países nórdicos que, pelo nos é dado conhecer, no exercício de cidadania à causa pública.
Não concordo em absoluto que as eleições autárquicas são as mais democráticas de um País democrata. Se atentarmos à forma como os candidatos autárquicos são escolhidos, sabemos que esse candidato é à “medida” de uma única pessoa que, por acaso, controla o partido.
Aproxima-se o anúncio de candidaturas. A candidatura à Câmara Municipal de Bragança, não é excepção mas para este concelho, é a oportunidade de recuperar anos perdidos e de inverter a tendência de uma morte lenta e agonizada anunciada. O Partido Socialista, tem condições de apresentar um bom candidato, aquele que é o anseio dos vários quadrantes políticos, dos homens e mulheres deste Concelho que ambicionam investimento, que abnegam a política do afecto hipócrita. Leve em conta quem convida, que Bragança não aguenta mais quatro anos no “faz de conta”, de nos fazerem acreditar que, a interioridade é uma fatalidade, é a vontade divina, só nos resta a resignação. Não, temos de nos erguer e lutar por um Concelho moderno, próspero, onde seja agradável viver e onde os nossos filhos tenham futuro, este é o objectivo.
As eleições autárquicas, condenavelmente, é a oportunidade de alguns “alpinistas”, parasitas e subservientes arranjarem um tacho e dos interesses individuais se sobreporem ao desenvolvimento. Temos de nos unir na causa maior que passa por melhorar a nossa condição de vida, de criar mais e melhor emprego e valorizar o património individual e colectivo. O propósito é criar uma sociedade moderna onde todos estejam integrados e felizes.
Aquele que detém o poder no momento para convidar, é-lhe exigido que tudo faça para que esse Homem seja o candidato do PS, não só pelo PS, mas fundamentalmente por Bragança.
Aguardemos, na certeza de que se o PS defraudar as expectativas e, oferecer uma candidatura para “cumprir calendário”, os poucos militantes e muitos simpatizantes, podem vir a penalizar aqueles que não conseguiram ir ao encontro do interesse dos brigantinos.
