Alexandre Parafita

Alexandre Parafita

Para que servem, afinal, os drones?

Retirar alguns das praias (em especial os que andam por lá em mero voyerismo, vigiando os fios-dentais e os “bumbuns”…) e colocá-los a vigiar do céu as florestas, era o mínimo que se poderia esperar dos decisores mais inteligentes.

Diz quem sabe que um drone pode percorrer uma distância até 35 quilómetros, o que em linha reta cobriria uma boa fatia do território transmontano. E assim meia dúzia de drones, lançados e pilotados estrategicamente, permitiriam, no espaço de minutos, identificar a origem de muitas ignições e avistar os próprios incendiários.

Ocorre este cândido exercício de sensatez a um simples leigo na matéria, quando, nestes dias, se assiste à destruição, nas zonas de Ribeira de Pena e Boticas, de uma das maiores manchas contínuas de pinheiro bravo da Península Ibérica, e há quem diga que ocorreram várias ignições em localizações diferentes. Portanto, estar-se-á à vista de mais uma das ações criminosas que nos empobrecem a olhos vistos, perante a placidez de um regime de gente mansa, sem ousadia, nem justiça, nem autoridade.

 


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