Batista Jerónimo

Batista Jerónimo

Partido Socialista que caminho?

O PS tem de saber muito bem que caminho vai trilhar e que estratégia vai ter para servir o Concelho. Sim, os partidos são o meio para servir uma causa e a causa é, ou deveria ser, as pessoas. Estamos no tempo de unir para servir.

Depois da importante e significativa vitória nas legislativas no Distrito e Concelho de Bragança, é imperativo dar continuidade a este movimento ganhador. Interromper ou fazer desvios desta trajectória agora iniciada, em que se cortaram algumas amarras, em que houve renovação das pessoas e na forma e conteúdo de como estar e fazer política, seria um erro que se pagaria muito caro. Os egos, vinganças e saudosismo pessoais não nos podem levar ao retomar vícios de actores que só contribuíram para a descredibilização, afastamento dos eleitores e consequentemente derrotas atrás de derrotas.

Não podem os militantes cortar a corrente que deu esta vitória e ir atrás de promessas de união, de promessas de que agora vai ser diferente, não chega. Importa e muito é o histórico dos candidatos e suas equipas, onde seja notória a capacidade de mobilização, a inovação e o acreditar que o PS é a força política capaz de mobilizar e a única que pode contribuir para o desenvolvimento. O PS não pode estar condenado a ser o segundo partido no Concelho, esse tempo não é este tempo.

Os militantes devem, e tem essa obrigação, acreditar que quem nos conduziu até esta vitória, também é capaz de nos orientar para outras, então, no mínimo devem ver o histórico dos candidatos, que equipa apresentam e sem dogmas nem estereótipos e enviesamentos dar o crédito a quem está no PS para servir e não para se servir.

O próximo candidato a Presidente da Concelhia é necessário que tenha disponibilidade e autonomia. Claro que tem de também ter, e de ser-lhe reconhecida, capacidade de liderança, de constituir uma boa e grande equipa, um passado agregador e presença na linha da frente nas lutas externas, motivação e motivador, porque do outro lado, está uma equipa matreira, enganadora mas, muito implantada e que não olha a meios para atingir o poder. Revisite-se as últimas autárquicas em que as promessas, e não só, eram para todos os gostos e necessidades - havia emprego para todos e para todas.

O meu primeiro conselho, ao próximo Presidente da Concelhia, é o de manter a proximidade aos excelentes candidatos a Presidentes de Junta de Freguesia nas últimas autárquicas. Atente-se aos resultados do PS nas legislativas nessas freguesias. Mesmo depois de não ganharem, empenharam-se, passaram a mensagem das causas do PS e candidatos e a sua contribuição para os resultados alcançados no Concelho foi decisiva.  

Não foi fácil realizar trabalho político neste período de pandemia, todos sabemos, mas juntos, militantes e simpatizantes, é necessário preparar, reforçar e estruturar o nosso partido para os desafios futuros e, entretanto, fazer trabalho político orientado, credibilizado e contínuo para indicar caminhos alternativos ao actual poder e, fundamental, orientados para as pessoas.

Bragança já mostrou que quando o PS apresenta candidatos reconhecidos e de mérito dá-nos a vitória, foi assim com Luís Mina e Sobrinho Teixeira.

Então, porque não apresentar sempre os melhores? Pois, é necessário ter independência, não ter agenda própria, não ter sede e apego ao poder. Não ter o pensamento e visão de que se não for eu, então, é preferível a derrota. Se eu não estou envolvido, então, venha a derrota. Estes pensamentos e visões são perniciosos a quem milita num partido.

Venham os candidatos, digam ao que vêm, discutam-se ideias e causas para o PS assumir o seu papel de servir as pessoas e o Concelho.

Bragança, 15/02/22

Baptista Jerónimo


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