Batista Jerónimo

Batista Jerónimo

Porque não o desfasamento nos horários de trabalho?

A Pandemia veio alterar, criar e adaptar vivências do nosso quotidiano que eram até então “tabus” ou no mínimo um não assunto.

Uma delas é a forma como nos organizamos no nosso dia-a-dia, a que horas começamos e terminamos o trabalho, quando vamos às compras, ao cabeleireiro, ao banco, finanças, notário, Serviços Municipalizados, entre outros. Podemos, também equacionar (nalguns casos) quando é que tenho transporte público menos saturado e sem fila, com ganhos no tempo e na poluição, pois seriam necessários menos. Ir às compras às grande-superfícies sem filas intermináveis ou ir simplesmente a um restaurante sem ter de esperar por mesa. O mesmo para o comércio local, ganhava quem vende e quem compra, porque o ganho na disponibilidade e no serviço personalizado seria notório.

A Afinar nalguns casos e liberdade para adaptarem o seu horário noutros, mas o proveito seria substancial, reflectido na qualidade de vida das pessoas (ter acesso a lojas e serviço fora do seu horário de trabalho, sem ter de ficar em favor ao chefe), no distanciamento físico, uma situação nos tempos actuais muito valorizada e imprescindível de levar em conta, nos próximos tempos.

Embora, o problema dos transportes públicos, venha de trás, só ficou mais problemático com a pandemia, pois este, já apresentava problemas de gestão e ficavam caóticos nas horas de ponta.

Os nossos políticos, já poderiam ter chegado à conclusão que não é obrigatório todos os trabalhadores iniciarem e terminarem o trabalho à mesma hora (ou muito perto).

Exemplificando (não prejudicando os que trabalham por turnos): Função Pública: abertura às 10.00 h; Comércio de proximidade: abertura às 08.30 h; Lojas de Construção Civil: abertura às 08.00 h; Lojas ligadas à Agricultura: abertura às 09.00 h; Ginásios, Cabeleireiros e afins, abertura às 07.00 h (tralho por turnos); Creches, Pré-primária e outras alargar o horário de funcionamento (tralho por turnos); Centros de Saúde, Hospitais, Clínicas, Farmácias, Grandes Superfícies e outros do género, manterem o horário (tralho por turnos). Estes horários, volto a referir, são só para tentar demonstrar a validade ou não da possibilidade da exequibilidade da proposta, que equaciono.

A correr bem esta alteração dos hábitos de trabalho, poder-se-á, dentro de algum tempo equacionar se o sábado, para alguns, não poderá ser substituído pela Segunda-feira e então teremos fins-de-semana de Sábado e Domingo e de Domingo e segunda-feira.

No presente e depois do confinamento, as empresas e alguns organismos chegaram à conclusão que o teletrabalho ou trabalho em casa é profícuo e com poupanças assinaláveis, pelo que, é muito provável que tenhamos de o equacionar e regulamentar. 

No seguimento, via com bons olhos uma discussão sem preconceitos e estigmas sobre este assunto com Associações, Confederações, Ordens, Sindicatos, Escolas, Alunos, Autarquias com envolvimento da população no seu todo. Também sei, e é dos livros, que a mudança a pouco mais agrada do que aos bebés, mas no mínimo seria interessante e enriquecedor as conclusões a que se chegassem.

NOTA: Na generalidade estes horários as Câmaras têm competência para aceitar e/ou impor, embora devam ser negociados e aceites pelas partes envolvidas.

Bragança, 05/11/2020

Baptista Jerónimo


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