Alexandre Parafita
Quanto mais ignorante, mais feliz?
António Costa e o seu Ministro da Educação saberão a alhada em que se estão a meter e a meter o nosso ensino
Querem “proibir” as reprovações dos alunos até ao 9º ano! Por acaso, ouviram aqueles que estão no terreno, os professores, e que sabem, esses sim, melhor que todos os políticos juntos, as consequências de tão absurda medida? Em que país julgam viver, afinal, os dois “iluminados”?
Um aluno que passa de ano sem saber, e que passa um, depois outro… e por aí adiante, vai ser a vida toda um ignorante. Já hoje encontramos tantos que chegam ao ensino superior com índices de iliteracia assustadores, sem saberem conjugar um verbo, nem articular duas frases, sem conseguirem redigir um parágrafo que não tenha 5 ou 6 erros, sem conhecerem um verso de Camões, nem de Pessoa, sem saberem o mínimo dos mínimos da História de Portugal.
E, pelos vistos, os dois "sábios" ainda querem ir mais longe no descalabro em que está o ensino. O meu avô dizia-me: “Trata de queimar as pestanas, rapaz, se queres ser alguém!” Se fosse hoje, eu responderia: “Queimar para quê, se quem está lá no alto diz que não faz minga queimá-las?”
Há que lembrar que esse era também o pensamento de Salazar: o povo precisa de ser ignorante para ser feliz.