Chrys Chrystello
Que futuro (Covid fase 3 no admirável mundo novo)
Que futuro
CRÓNICA 363
Ao contrário de um célebre político que raramente se enganava, eu, por vezes, antecipo bem outras mal aquilo que os meus algoritmos mentais compilam de tudo o que vejo e leio.
Antevejo que o número de casos positivos (ditos infetados) continue a subir em flecha em todos os países, que se anuncie a rutura dos sistemas hospitalares (falta de camas, médicos, enfermeiros), a partir de agora à medida que a gripe normal e as pneumonias outonais aumentam sendo testadas e dando positivo para o SARS-COV2.
Que, pontualmente umas atividades sejam suspensas ou interditas, em troca de outra,, sem nexo ou coerência, como aliás tem sido norma desde o início da pandemia.
Nos lares e demais depósitos de velhos a mortalidade continuará alta, mas a proibição de contacto incidirá apenas nos membros de família que não poderão visitar os familiares (a maioria já não o faria antes).
As escolas continuarão na macacada atual, umas fecharão outras não, neste circo mascarado que impuseram a professores e alunos. Se estivessem preocupados com a doença, mandavam todos para casa e cancelavam o ano.
Os eventos políticos, touradas e outros de humor ou entretenimento podem continuar pois provou-se que o Covid ali não ataca, apenas nos estádios de futebol, locais de culto e outros previamente selecionados.
Os serviços públicos e hospitais continuarão a deixar as pessoas à chuva, ao vento e ao frio, à espera de vez, para serem atendidos, e qualquer AVC não pode ser tratado sem o teste ao Covid (pode ser que morram antes de vir o resultado do teste como já foi reportado).
O Presidente já avisou e a senhora da saúde já afirmou perentoriamente (como já disse e desdisse outras coisas noutras ocasiões) que o contágio se faz em família pelo que o melhor é cancelar todas as festividades de natal, o que interessa é despersonalizar os indivíduos, quebrar os elos sociais de amigos e família mantendo o regime de medo, delação e intimidação, e à socapa vão-se introduzindo medidas de controlo social e outras tudo em nome da saúde pública (curiosa semelhança com as medidas antiterrorismo depois do 9/11), e o povo medroso, amedrontado e submisso, a tudo anuirá. Em vez de se proteger e fortalecer o seu sistema imunitário continuará a desinfetar-se tanto que chegará o dia em que a mais pequena bactéria o prostrará por não ter defesas.
Todos os que se opuserem a esta nova ordem mundial, serão apodados de defensores das teorias de conspiração, desacreditados e marginalizados, enquanto os meios de controlo total não entram em vigor (no aeroporto de Lyon já introduziram “experimentalmente” os métodos de reconhecimento usados na China).
E não faltará muito para todos nos termos de sujeitar (já nos tiram a temperatura à entrada de algumas entidades) à verificação. Por meio de um aplicativo, o governo da China iniciou o monitoramento da saúde dos seus cidadãos - classificados com bandeira verde, amarela ou vermelha – para controlar onde e quando cada pessoa esteve. O software (alegadamente) ajuda a combater a propagação do novo corona vírus, mas também abastece as forças policiais com informações pessoais e permite isolar quem estas decidam terem risco de contágio, com o aplicativo a poder monitorizar a localização dos cidadãos. Tudo, claro em nome da saúde pública e para evitar a propagação Covid. Os chineses que levarem multas de trânsito, desrespeitarem ordens judiciais, fumarem em locais proibidos, acumularem dívidas, ou postarem notícias falsas online, entre tantos outros critérios, podem ter seus créditos reduzidos. Nesses casos, as punições vão de restrições na compra de passagens de avião e comboio ao bloqueio de acesso a linhas de crédito, passando pela proibição da matrícula dos filhos nas escolas e pelo veto a um posto de trabalho em órgãos públicos. Ora bem, não digam que não vos avisei quando isto suceder na vossa comunidade
COVID FASE 3 NO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
CRÓNICA 364
COMEÇA HOJE UMA NOVA ERA, a União Europeia decretou e deu poderes plenos aos estados membros para implementarem, de imediato, na medida das suas disponibilidades técnicas, as novas medidas de saúde púbica, necessárias para se lidar com a pandemia SARS-COV2 que alastrou, de forma descontrolada, por todo o mundo.
Assim, a partir de hoje, o Estado decide quem pode sair de casa, quem se pode dirigir ao emprego e a qual emprego, quem pode ir aos super e hipermercados fazer compras, decidindo também o que cada um pode comprar se o Estado considerar tais compras essenciais e de primeira necessidade. Nem todos os itens expostos podem ser adquiridos por qualquer pessoa.
Os levantamentos bancários continuam suspensos enquanto se introduzem as novas moedas virtuais e se faz a conversão de débitos e créditos em bitcoins e outras moedas.
Os programas de reconhecimento facial serão lentamente introduzidos em todos os países para permitirem um maior controlo de ameaças terroristas e de grupos que visam desestabilizar a sociedade, contrariando as medidas de controlo da pandemia e de bem estar e saúde de todos os cidadãos.
Todas as viagens para fora dos concelhos de residência e do país, terão de ser previamente autorizadas através do novo cartão de cidadão e de seus créditos sociais.
As viaturas privadas só podem circular se previamente os seus proprietários tiverem obtido os créditos sociais necessários para circular e apenas nas áreas autorizadas.
O novo sistema da EU permitirá aos cidadãos e empresas uma recompensa ou punição pelo respetivo comportamento social, como forma única de se debelar a grave crise de saúde que a Europa atravessa.
Este novo sistema de créditos sociais inclui toda as ações que possam afetar a honestidade e idoneidade de cada pessoa (exemplos: não atravessar a rua nas passadeiras e zebras, escrever falsidades nas redes sociais, difamar, propagar boatos ou notícias falsas relativamente ao Estado e seus membros, não reciclar os resíduos urbanos, ter dívidas não pagas, ter comportamentos de alcoólatra, excesso de tempo gasto em jogos online, etc..
Só assim será possível alcançar "harmonia social" nos campos da saúde, higiene e planeamento familiar; segurança social, cuidados com os mais velhos e caridade; trabalho e emprego; educação e investigação científica; cultura, desporto e turismo; proteção ambiental e poupança energética; aplicações e serviços de Internet; vida económica e social.
Tudo o que for publicado online será rastreado e incluído na pontuação de cada cidadão, o que significa que quem postar mensagens positivas sobre o país, o governo, o sistema social, a economia, etc., terá uma classificação mais elevada (e vice-versa, é claro).
Mas o que é ainda maior garante da justiça deste novo sistema, e a fim de evitar fraudes, é que os cidadãos não terão controlo total sobre a sua própria pontuação, pois a mesma depende também do que amigos e familiares disserem e fizerem online. Ou seja, se o cidadão X tiver o azar de ser amigo ou familiar de alguém que faça um comentário negativo online, ou que incorra em algum tipo de comportamento "desadequado", o resultado é que o mesmo terá consequências negativas na sua classificação baixando-o e mesmo que X não tenha absolutamente nada a ver com o assunto.
Por outro lado, se cometer um ato heroico, fizer doações, participar em programas de voluntariado poderá ter mais pontos na sua classificação pessoal, uma espécie de Euromilhões que lhe permitirá ter mais benefícios como internet mais rápida, mais viagens, mais compras, inscrever os filhos nas escolas de topo, obter empréstimos bancários, candidatarem-se a benefícios da segurança social, concorrerem à função pública, poderem trabalhar no setor da restauração e hotelaria, na indústria da medicina, bem como na transação de certo tipo de ativos; conduzirem comboios ou aviões; visitarem certos restaurantes, hotéis, clubes, adquirirem seguros de natureza variada; renovarem a própria casa e, finalmente, e como já referido, sofrerem imposições à velocidade da Internet, que ficará mais lenta..
Tudo vai depender do seu nível de confiança e credibilidade.
Para muitos analistas, há muito que os vários governos vinham solicitando autorização para este novo sistema de monitorização e classificação individual. E já vivemos há anos num mundo onde algoritmos preditivos determinam se somos uma ameaça, um risco, um bom cidadão ou se somos de confiança, pelo que a ameaça COVID veio permitir finalmente criar uma sociedade mais harmoniosa e funcional.
No entanto, como nota discordante, surgiu em Portugal um movimento contestatário intitulado “Cidadãos pela liberdade” (já devidamente identificados e assinalados como perigosos desordeiros atentando contra a ordem pública) que pretende declarar a inconstitucionalidade das novas normas através de uma providência cautelar.
A publicação deste artigo de minha autoria, comprovada que foi a sua originalidade e não plágio, dará um crédito de 5 pontos ao seu autor