Batista Jerónimo

Batista Jerónimo

Sejamos bairristas.

É com o empirismo que a frase “as boas vias rodoviárias não trazem, também levam”, poderá ter sustentabilidade e que em Trás-os-Montes poderá ser utilizada.

Veja-se o investimento em Trás-os-Montes em rodovias: A4; IP2; IC5; em projecto ou programadas a sua execução a curto prazo: a ligação Bragança-Vinhais; Bragança-Vimioso; Bragança- Rias Baixas. Fica a faltar, entre outras: ligação IP2 - Godinha; o IC5 chegar à auto-estrada que vai ligar Bragança a Zamora e não menos importante Freixo de Espada à Cinta ao IC5.

Podemos constatar que as duas auto-estradas paralelas (nalgumas partes do percurso três), com poucos quilómetros a separá-las, que ligam Lisboa ao Porto contribuíram para o desenvolvimento do Litoral, fixação e atractividade da população do Interior. No entanto, o merecido investimento nas rodovias transmontanas não conseguiram estancar o êxodo para o Litoral e emigração, nem o regresso, nem a deslocação do litoral para o Interior.

Os Institutos Politécnicos passarem a Universidades Politécnicas, e no caso o IPB, pode ajudar (ainda mais) no desenvolvimento e na sustentabilidade mas, só por si, não vai acontecer o milagre, é fundamental as Câmaras, coisa que até ao momento, não aconteceu, envolverem-se na fixação dos formandos e do conhecimento adquirido.

A par, devem as Câmaras saber vender a centralidade da Região, estabelecer parcerias e dar contributos para a fixação (não menos importante) e atracção de empresas, referenciar os excelentes Recursos Humanos académicos que se formam. Resumindo o próximo executivo tem de ter políticas diametralmente opostas às praticadas nos últimos vinte e seis anos pois, na verdade, não podemos isentar a CMB do estado a que chegamos - é obrigatório, que o próximo executivo, venha a disponibilizar um efectivo gabinete de apoio ao empresário e que recolha dados para, onde surja uma oportunidade, ir bater à porta e vender o agregado do disponível na região.

O contributo dos Deputados é necessário desde a divulgação, promoção e como cicerones da Região aos Mídea nacional e internacional bem como a putativos investidores. Ainda, devem se fazer notar, na defesa da Região perante os Governos. Estes, têm de deixar cair a parvoíce de quando em campanha serem deputados da região e depois de eleitos serem Deputados da Nação, triste pacovice.

Os governantes, e bem, visitam-nos para dar visibilidade ao que somos, fazemos e temos, não é suficiente, é necessário que, se necessário, nos ensinem a “caminhar” ou, pelo menos, que “caminhem” connosco para podermos fazer mais e melhor.

Nós, os guerreiros resistentes, também temos a missão intransmissível de embaixadores da Região promovendo o quanto tão bem sabemos receber, a nossa capacidade de compromisso, responsabilidade e honorabilidade. Somos “no passa” a palavra, quem melhor pode divulgar a gastronomia, produtos autóctones, clima, paisagem e outros recursos.

Não é menos importante lutar pelo que temos direito e deixar o “não é rentável” para aqueles que querem que esta Região venha a ser uma reserva, onde se pode descansar e recuperar das azáfamas e do “mau viver” das grandes metrópoles.

Baptista Jerónimo, 10/03/23


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