Clara Alves

Clara Alves

Temos futuro em Portugal

Nas últimas semanas, o governo apresentou um conjunto de medidas direcionadas aos jovens, demonstrando um compromisso genuíno em criar um futuro promissor em Portugal. A recente medida de isenção do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e do Imposto de Selo na compra da primeira habitação para jovens até aos 35 anos é um claro testemunho desta dedicação. Esta medida, aprovada no parlamento e já promulgada pelo Presidente da República, representa mais do que uma simples redução fiscal. É um gesto de esperança e confiança no futuro dos nossos jovens.

Em Portugal, os jovens enfrentam inúmeras dificuldades. Salários baixos, elevado custo de vida e precariedade laboral tornam a independência financeira um desafio quase insuperável. Além disso, a escalada dos preços da habitação e a dificuldade em obter crédito afastam o sonho da casa própria para muitos. Neste contexto, a isenção de IMT e do Imposto de Selo surge como um alívio significativo, permitindo que os mais jovens adquiram a sua primeira habitação sem o fardo dos custos adicionais.

Mas esta não foi a única medida que este governo anunciou para os jovens. Há um vasto conjunto de políticas onde o governo propõe atuar em várias frentes, abordando problemas específicos, como é o caso do alojamento estudantil, da manutenção das bolsas de estudo para trabalhadores-estudantes, da saúde mental, da pobreza menstrual e das dificuldades de acesso ao programa Porta 65, dedicado ao arrendamento jovem.

É essencial criar condições que promovam a estabilidade e a segurança para que os jovens possam estudar, trabalhar e viver com dignidade, de forma a evitar a sua fuga para outros mercados. O atual governo está a demonstrar que tem um verdadeiro compromisso com as necessidades da juventude, ao contrário dos anteriores governos do Partido Socialista que, embora muito mencionassem os jovens nos seus discursos e enaltecessem o seu potencial no futuro da nação, a verdade é que, tendo todas as condições políticas possíveis, nenhumas medidas concretas tomaram para melhorar as suas vidas.

Portugal, fruto do desleixo e da desconsideração do governo Socialista, tem hoje a taxa de emigração jovem mais alta da Europa, o que significa que temos vindo a perder a geração “mais qualificada de sempre”. Por esse motivo, estas medidas revestem-se de uma importância redobrada, quer para fixar os nossos jovens, aproveitar o seu potencial e corrigir problemas como a baixa natalidade, quer para permitir o regresso de muitos outros que procuraram fazer vida fora das suas raízes por imposição de um país que não lhes garantia futuro.

É verdade que o caminho a percorrer ainda é longo e cheio de desafios, mas as iniciativas atuais marcam um passo significativo na direção correta. Se o PS e o CHEGA também considerarem os jovens como uma prioridade, o governo poderá continuar a promover políticas que os apoiem e assegurem que Portugal seja um local onde vale a pena viver e investir no futuro. O compromisso com os jovens é, afinal, um compromisso com Portugal e de todos os portugueses.

Clara de Sousa Alves

Deputada à Assembleia da República pelo PSD



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